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crônicAS - 30
A quem interessar possa
digo aqui o que me atormenta
casar e sair da fossa
ou comprar uma jumenta!
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Não me refutem, não me apedrejem, apenas caricaturei o "zeitgeist" da época. Nos anos 60 era comum se ouvir, com a turminha da esquina, essas grosserias acerca da mulher: “não sei se caso ou compro uma bicicleta”; “não sei se caso ou compro um botijão de gás.”
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Ou seja, é mais negócio, mais barato a manutenção de uma bicicleta do que a “manutenção” de uma mulher. Terrível! Dá pra se ver e sentir a que grau o homem `coisificava´ a mulher ou ela se deixava `coisificar´!
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Mas o tema é fossa!
Está na fossa – O jovem leitor, que visita este espaço, com certeza desconhece essa expressão.
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Cuido em explicá-la, mas, para tanto, criemos o seguinte cenário - Um soldado passa dias... e mais dias em um fosso [buraco grande] sem poder... Perfeitamente! Todas as suas necessidades eram feitas ali mesmo no buraco e quando batia a saudade dos amigos, da namorada e da família, eles tiravam um retratinho do bolso ou outra lembrança qualquer e ficavam horas e horas curtindo a ausência do ente querido... no fosso.
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Daí por extensão, se dizer que fulano está na fossa e que não precisa, necessariamente, ser soldado na guerra espreitando o inimigo dentro de um buraco.
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A braço S
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