21 05 2025
Soneto da Liberdade
Paulo Ronalth
Só quando a rédea da necessidade quebro,
E o jugo imposto não mais me faz curvar,
É que sinto em mim um novo e livre ar,
Quando a vontade aí sim, celebro.
Não me prendem correntes, nem me ata o dever,
Mas a fome, a sede, o sono, a dor, o fim;
Escravo sou do corpo que me traz a mim,
Se a matéria dita o que me cabe ser.
Porém, quando o espírito se eleva em luz,
E transcende o apelo primário, do chão,
A alma se liberta, forte e em profusa
graça,
Da prisão que impõe a esta condição.
Então sou livre, sim, em gesto e na voz,
Quando a lei do "preciso" não manda mais em nós.
Ronalth