crônicASemanal – 02
Nos idos de 60, nos botecos da vida, se tomava, ao pé do balcão, a inconfundível e popular "pôdi". Tira-gosto de minha preferência: tripa de porco, entre outros.
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Hoje, nos barzinhos & restôs chiques, ainda ao pé balcão, a gente continua tomando a mesma "pôdi", mas pra todos os efeitos é a "caninha do sabor legal".
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Marketing, me engana que eu gosto! Sei muito bem que sua estratégia é transformar o desejo em necessidade. Não à toa, a TV de há muito é considerada um bem de primeira necessidade. Voltemos ao “pé do balcão”!
O jornalista Hélio Passos diz que a feijoada nasceu nas senzalas do Rio de Janeiro, no final do século 19.
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"Quando matavam um porco, os senhores da Casa Grande deixavam os pés, as orelhas, o rabo e as TRIPAS para os escravos, com sobras de feijão. O brasileiro pobre de hoje sequer conhece porco".
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Encerro esta crônica citando a oportuna e opulenta frase do Sr. Paulo Guedes: "Pobre tem que comer as sobras da classe média". Que lástima, ministro!
A braço S