31 07 25
Um Punho Cerrado
Ah, pátria amada, ultrajada e vendida!
Sinto em minh'alma a dor de tua lida!
Um punho cerrado, em verde e amarelo tinto,
Nega o chão materno que te viu brotar?
Cospe no berço, ousando profanar
O lar que outrora te acolheu, dormente,
E torce, insano, por seu derrocamento?
Esquece o sangue que corre em tua veia,
A raiz profunda que a história semeia?
Vende a alma mísera por brilho falaz,
Trocando a verdade por um vago talvez?
Ó coração sem pátria, alma perdida!
Na luta infame, a sanha desmedida,
Quem contra a terra natal o punhal levanta,
Já perdeu a essência, a alma que encanta!
Ronalth