04 06 2025
Paulo Ronalth
Fascistada em Fuga
Na sombra fria da justiça inerte,
A farsa dança em palco desonrado.
O povo clama, brada e se diverte,
Mas vê seu grito sempre sufocado.
Dois já fugiram, livres, sem alarde,
Enquanto o próximo arma seu caminho.
A lei vacila, o tempo já é tarde,
E a impunidade ri-se, de mansinho.
Se a mão que julga teme e nada faz,
Quem rouba sonhos segue a empreitada.
A história cobra, o preço é sempre audaz,
Que a fuga não se torne a caminhada.
Se há justiça, que se erga imponente,
E não mais seja mártir decadente.
Ronalth