Não procure a felicidade tão ávidamente, e não tenha medo da infelicidade.
Lao-Tsé
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sábado, fevereiro 07, 2015
domingo, janeiro 13, 2008
É bom ser infeliz
Por Luiz Carlos Prates
Tenho falado inúmeras vezes aqui sobre felicidade, mas não tenho falado de infelicidade. Não me tenho envolvido com tanta freqüência com essa irmã gêmea da deusa felicidade. A infelicidade é feiosa, mas não deixa de ser irmã da bonitona, o que as separa pode ser apenas o nosso humor do dia...
Digo isso, leitora, pensando em duas coisas. A primeira é a fila que vi nos jornais de pessoas lutando para pegar uma caixinha de antidepressivos. Um horror. Um horror ainda que eu tenha certeza pétrea de que a maioria daquelas pessoas não sofre de depressão, sofre de infelicidade, de uma infelicidade gerada por questões reais ou imaginárias.
Não quero ser cruel e dizer que, mais das vezes, imaginárias. E a segunda questão, dentro do mesmo assunto, vem de uma frase que li ontem em um livro do indiano Osho.
Osho parecia maluco, dizia coisas estonteantes, mas ah, se não fossem os loucos na vida, ficaríamos vazios de soberanas verdades. Não tenho tempo de me alongar, vou ao que disse o Osho. Ele disse que quem é infeliz não sofre de solidão, tem sempre por perto multidões dispostas a conversar, a ajudar, a emprestar mão amiga e solidária. Acrescento: nada como ser infeliz para ser amado, apreciado, alisado.
Mas tente ser feliz e deixar isso transparecer diante dos "amigos", tente. A felicidade provoca nos outros iras profundas. Nada nos incomoda mais que a felicidade alheia, que se danem os felizes, que tropecem numa pedra, pensamos no silêncio da inveja. Mas não pensamos assim de modo consciente, pensamos assim nos porões escuros do subconsciente. A culpa não é minha, é de Freud que puxou as cortinas desses porões.
E tem mais e pior. Muitos buscam na infelicidade a imagem da sofredora, da vítima, da pessoa que precisa de cuidados especiais. A "doença" traz então essa vantagem: nos faz "queridos", simpáticos. Inconscientemente muitos de nós queremos adoecer, estar deprimidos diante dos outros; disso resulta o que Freud chamou de "vantagens secundárias da doença". Sábio, Freud. Queres ficar só, leitora? Diga aos amigos que você é muito feliz, que está muito feliz, diga que o seu casamento é santo. Você vai ser odiada. Diga que é um pobre sofredor e viverá rodeado de simpatias...
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Extraído do jornal Diário Cararinense - 13/01/08
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