07 06 2025
Paulo Ronalth
Um Convite Cósmico
I
Caro humano, de alma a desvendar,
Se esta missiva agora vem te achar,
Saibas, és sortudo, um raro fulgor,
Fruto de eras, de um tempo sem dor.
II
Bilhões de anos, em galáxias a bailar,
Entre estrelas e mundos a girar,
Para que hoje pudesses sentir,
Rir, chorar, amar, e em fim, existir.
III
Não te fiz perfeito, nem divino ser,
Mas alma e mente te dei a ter.
Em tua essência, a liberdade reside,
Um sopro cósmico que em ti se expande.
IV
Meus braços te amparam, pra sonhos gerar,
Mas lembra, a mente deve semear
Paz e quietude, em cada pensar,
Pois atos e palavras, em ti vão brotar.
V
Teus feitos, em mim, refletirão,
E cem vezes mais, em ti voltarão.
Ama sem fim, com a mais pura luz,
Mas sem possuir, o amor que conduz.
VI
Aprecia, admira, divide o prazer,
E em ti primeiro, deves florescer.
O ódio, a injustiça, o ter, larga mão,
Alimenta a alma, com pura canção.
VII
Na arte, na música, teu ser deve pulsar,
No que te alegra, no que faz vibrar.
Viaja, explora, o mundo a mostrar,
Pois és parte de mim, ao caminhar.
VIII
Sim, cairás e em lágrimas vais banhar,
No escuro tropeço, irás se curar.
A dor te ensina a erguer o olhar,
E a luz na sombra, sempre irá brilhar.
IX
Irmãos se vão, em ciclos sem fim,
Não há morte, mas vida que é assim.
Essência e energia, no ar a flutuar,
Que em cada sopro, vais respirar.
X
Não estás só, quando a alma chorar,
Eu te sinto, te vejo, em todo lugar.
Na Lua prateada, no Sol a aquecer,
Na Mãe Natureza, que é puro viver.
XI
Flores, montanhas, rios a cantar,
Gaia te abraça, para cuidar.
Religiões e ideologias, não criei pra ti,
Mas liberdade em crer, ou em não crer, sim.
XII
Aproveita o tempo que eu te concedi,
Um milésimo cósmico, dado a ti.
Com o coração, deixa a marca em mim,
Ronalth