19 05 2025
Paulo Ronalth
Grave Genocídio de Um Povo
Na terra de Gaza, onde a vida fenece,
Dois milhões de almas em jejum profundo,
Um espectro de fome que a carne arrefece,
Enquanto o mundo observa, torvo e imundo.
O trigo não chega, o sustento se esvai,
Nos olhos famintos, um pranto silente,
A força se esgota, a esperança não cai,
Mas definha na sombra, dor persistente.
E o mundo, de vergonha a face toldada,
Assiste à agonia, sem voz, sem ação,
A lei humanitária, vilipendiada,
Na areia da praia, manchada de aflição.
Ó, mundo sem alma, que a cena consente,
A história há de cobrar teu silêncio doente.
Ronalth
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Paulo Ronalth
Gaza, Guerra ou Genocídio?
Não há o fragor de exércitos em choque,
Nem a balança equânime da dor.
Só cova rasa, corpo inerte e oco,
De um lado o pranto, do outro o algoz, senhor.
Chamais de guerra o massacre inaudito,
Onde a flor da infância tomba sem lutar.
Carnificina é o termo mais esquisito,
Para o extermínio lento, sem lugar.
Genocídio clama a terra ferida,
Onde a vida se esvai em vão clamor.
Um povo faminto, a esperança perdida,
Sob o olhar inerte de um mundo sem cor.
Profundo é o lamento que a alma sente,
Diante da barbárie tão patente.
Ronalth
Maio2025