16 08 25
Vergonha nos Bastidores
No campo verde onde o sonho se anuncia,
Ecoa um grito de dor e amargura.
Nosso mestre sofreu traço de covardia,
No cerne do clube, despediu-se na tortura.
“Se eu fosse o Paz”, confesso a agonia,
“Nem teria coragem de enfrentar a loucura”.
E se fosse o Vojvoda em seu banco a reinar,
Nem Marinho, Deyverson ou Diogo Barbosa quis enfrentar.
Sem voz para denunciar o que viu a conspirar,
Escondeu a coragem, não ousou sequer falar.
De volta ao gramado não ousaria pisar,
Tropeçava na dúvida, sem vontade de lutar.
Sob o rumor denso desce a névoa do segredo,
Sussurra-se que houve acordo na calada.
Um trato escondido, oculto ao nosso enredo,
Entre paredes frias foi selada a jornada.
Fica o torcedor sem conhecer o enredo,
Preso à desilusão dessa história calada.
Vergonhosa manobra, ato de ingratidão,
Fizeram com ele o que honra não aceita.
Nosso melhor treinador caiu em contradição,
Roubada a confiança, restou a meta desfeita.
Que a lembrança viva sua fiel atuação,
E faça tremer quem a dignidade não respeita.
Que a justiça retorne em luz e proclamação,
Restituindo ao clube o calor de seu abrigo.
Que o mestre regresse em justa redenção,
E traga de volta o sorriso antigo.
Torcedor valente, ergue o grito e a canção,
Para que o sentimento supere o castigo.
Ronalth