07 05 25
Silonildes: Obrigada, pela generosidade Dr. Paulo Ronalth. A AILCA AGRADECE!👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏
Hoje, a voz do mestre de cerimônias soará firme: Extra omnes. Todos para fora.
E os cardeais ficarão sozinhos. Entre afrescos, silêncio e o peso de séculos, restarão apenas eles e Deus.
Do lado de cá, o mundo especula. A imprensa aposta. Os fiéis rezam. Os críticos ironizam. Mas o que realmente está acontecendo dentro da Capela Sistina escapa a todos os cálculos. Porque ali dentro, o que está em jogo não é um nome; é uma missão.
Que ninguém se iluda: um Conclave não é um espetáculo romântico, nem um teatro angelical. É humano. E, por isso mesmo, tenso. É feito de virtudes e fragilidades, de orações e articulações. Há santidade, sim. Mas há política também. Houve conclaves movidos por fé ardente e outros marcados por interesses menores. A história não nos deixa esquecer.
Mas a fé também nos lembra: o Espírito Santo não se ausenta. Ele sopra. Ainda que nem todos ouçam. Ainda que alguns resistam.
O que o povo de Deus deseja agora não é perfeição. É clareza. É verdade. É um homem de fé que saiba que seu papel não é agradar, mas conduzir. Que entenda que a Igreja está ferida, confusa, fragmentada. E que não se cura uma alma doente com fórmulas ambíguas nem com frases de efeito.
O novo Papa terá que ser mais que gestor. Terá que ser pedra. Mais que presença midiática. Terá que ser sinal de contradição. Num mundo que ri da fé, ele precisará ter coragem de chorar com os que crêem.
Quando as portas da Capela se fecharem, nós, aqui fora, faremos o que nos cabe: esperar. E rezar. Não para que vença o nosso favorito, mas para que, lá dentro, ao menos um homem escute Deus e tenha coragem de segui-Lo.
Porque no fim, não é sobre política. É sobre a cruz. E sobre quem terá força para carregá-la.