25 03-21
Porque tudo é poesia
ANINHA MARTINS
A gota de orvalho
Molhando a flor
No meio da madrugada
Ou o raio de sol
Que a seca pela manhã
A nuvem bailando no céu
Fazendo peripécias
Caras e bocas
A estrela piscando
No vão do infinito
A cigarra
Com voz aguda e estridente
Cantarolando
Ao sol do meio-dia
O vento rasteiro
Balançando os galhos
Que dançam
No compasso e no ritmo
Devagar
O colorido das flores
Exalando perfume
Ou a alvura do jasmim
A luz solar
Refletida na lua
Bela e mágica
E o "São Jorge"
Que nela habita
Os acordes perfeitos
De uma doce canção
A profundidade de um olhar
Ou o sentimento de emoção
Aninha Martins