25 08-06
AUGUSTO PONTES
No sertão do meu querido IPU tão abençoado,
Vive uma alma preciosa
Com seu riso iluminado.
É a dona Raimundinha,
Um tesouro consagrado.
Lá no canto Escondido,
Mas jamais esquecida,
Floresceu como um milagre nessa longa e bela vida.
Cem janeiros já passaram,
E ela segue tão querida.
São cem anos de coragem, de memória e tradição,
de café com broa quente,
de afeto e oração.
Cem verões e mil outonos
Com ternura no coração.
Testemunha dos caminhos
De um tempo que já se foi,
De uma vida simples, firme,
Que o progresso não destrói.
É raiz, é flor, é riso —
É saudade que constrói.
Dona do olhar sereno,
De uma fala sem rancor,
Já viveu chuva e bonança,
Já sentiu pranto e amor.
Mas a fé foi sua ponte
E seu brilho encantador.
Parabéns, Raimundinha,
Por teu século encantado!
Que as bênçãos da Mãe Divina
sigam firme ao teu lado.
E que os anjos celebrem
Com louvor abençoado.
No Escondido, tua história
É bandeira a tremular.
Exemplo de quem semeia
O bem sem se exaltar.
Cem anos de luz e força
Que venham mais pra contar!
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