20 06 2025
Paulo Ronalth
A Casa Espiã.
No grande palco onde a farsa se encena,
A Abin, coitada, virou detetive de quintal.
Espionava geral, que cena!
Um Big Brother bem ao estilo nacional.
Bolsonaro, Ramagem, Carlos, que trio faceiro,
Indiciados, mas com pose de "quem, eu?".
A Abin, em vez de zelar pelo roteiro,
Espiava a oposição, quem diria, meu Deus!
FirstMile, o software, um nome tão chique,
Espiou sessenta mil vezes, que abuso!
Em 2020, o pico, que toque!
Ano de eleição, o povo fez uso... indevido!
Até o Luiz Fernando, da confiança petista,
Entrou na dança, que ironia do destino!
Um conluio, diz a PF, uma lista
De trinta e poucos, num balaio sem fim.
Da “Última Milha” à “Vigilância Aproximada”,
A PF, incansável, na cola dos espiões.
A Abin, outrora tão recatada,
Agora nas manchetes, entre mil opiniões.
Que sirva de lição, ou de piada,
Pra quem da lei faz um pano de chão.
No fim, a verdade sempre é desvendada,
E a farsa, ah, essa não tem perdão!
Ronalth