01 06 2025
post de Silonildes
Prof. Francisco Mello
O Gangão.
Já não falamos quase no nosso inesquecível Gangão. Um local aprazível onde à juventude dos anos 50/60, frequentava assiduamente.
O farfalhar das folhas do Mangueiral se mesclava com o borbulhar constante de sua Cachoeira.
Era uma estonteante queda d’água uma atração para todo Ipuense, principalmente a juventude daquela época.
Era um local de encontro das belas meninas e dos rapazes que por ali começavam os flertes, os entre olhares e num piscar de olho acabava saindo um casal de namorados. Mesmo furtivos dali saíram muitos casamentos.
Quantas quimeras ali vívidas, ficamos momentos fagueiros a sombra do mangueiral, que ao sopro do vento vindo do nosso Pé de Serra da pachorrenta cascata cor de Prata.
Foi no Gangão que vivemos ainda bem pequenos os Convescotes da Cruzadinha, “A Cruzada Eucarística”, sob a égide de: Valdemira Coelho, Valderez Soares, Assunção Martins e outras. Era maravilhoso! Nesta época já conseguia arpejar algumas notas músicas ao violão. Levava o meu pequeno Violão e lá acompanhava as maviosas vozes da Cruzada Eucarística.
Era uma manhã/tarde, onde nos deleitávamos muito. Eram as músicas, os momentos de reflexão e de muitos cantos inclusive o Hino da Cruzada, lembro-me do inicio do hino que assim era cantado. “Somos pequenos da Cruzada........refrão A Cruzada infantil/vem salvar o Brasil/ um vigor novo e forte do Pampas ao Norte”, e continuava todos contando com muito entusiasmo.
Mas o melhor estava por vir. Já éramos estudantes em Fortaleza, não tinha hora e nem dia para irmos ao Gangão, estávamos de férias, e o Litro de Já Começa ou Cipó do Velho, sempre nos acompanhava.
Ai já era bem diferente um trago das aguardentes de nossa Ipu nos deixava mais atrevidos para enfrentar a nossa pretendida.
Era tudo ordeiro e sereno, um respeito tremendo com medo dos Pais de nossa pre-naniradinhas.
Que vida! As preocupações com o futuro já começavam a nos preocupar, mas ocupava em nossos pensamentos o ato de viver nas nossas majestosas férias no Ipu.
À noite as ampliadoras soltavam ao ar lindas musicas daqueles tempos. Trio Irakitan, Anísio silva, Nelson Gonçalves. Sem esquecer o Cenáculo que também acolhia a juventude dos nossos tempos.
E as Serenatas, Violões, Flauta, Bandolins e Trompetes varavam a noite, já ao romper da madrugada, não tínhamos mais força para continuar para o deleite para nossas pretendidas.•.
Mais Um!
O Gangão desapareceu e não mais voltou.
