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quinta-feira, março 20, 2025

POESIA DO SERTÃO - CORDEL - JOSÉ LAURENTINO

 25 03-20



Tem certas coisas seu moço
Que de bom gosto eu não faço
É dá esmola a quem pede
Com santo embaixo do braço.
Pois eu acho que os santos
Não tem muita precisão
Afinal eu nunca vi
Um santo comer feijão.
Mas por arte de pecado
Ou por minha pouca fé
Todo dia lá em casa
Passa um velho andando a pé
Por sinal muito feliz
Chega em minha porta e diz
Esmola pra São José!
E o diabo da mulher
Que é muito da alcoviteira
Nunca vi uma mulher
Que não seja rezadeira
Adquire um tanto ou quanto
Corre vai dá ao santo
Pra o velho fazer a feira.
Muitas vezes logo cedinho
Se eu vou tomar o café
Quando dou fé o grito
Esmola pra São José!
Isto foi me enchendo o saco
Cada dia enchendo mais
Um dia cheguei em casa
Com a braguilha pra trás.
Sentei num sepo de pau
Tomei uma de rapé
E ouvi a voz lá na porta
Esmola pra São José!
E para dar a esmola
A mulher se remexeu
Mas eu lhe gritei não vá
Pois quem vai hoje sou eu.
Quando eu cheguei na porta
O velho teve um espanto
E eu disse vá trabalhar
Que eu não dou esmola a santo.
Troque o santo numa enxada
Deixe de ser preguiçoso
Pois santo não quer esmola
Deixe de ser presunçoso.
O velho me olhou e disse:
- Que São José te perdoe
E se Deus tiver ouvindo
Quero que ele te abençoe.
E que cubra tua casa
De paz, amor, união
Sossego, prosperidade
Conforto e compreensão.
E se um dia o senhor
Precisar deste velhinho
Ele não mora tão perto
E eu lhe ensino o caminho.
Fica no sítio Cauã
Onde já morou meu pai
A direita de quem vem
A esquerda de quem vai.
Se um dia o senhor passar
Por ali com precisão
De fome o senhor não morre
Também não dorme no chão.
Quando o velho disse aquilo
Eu senti naquele instante
Como se eu fosse uma formiga
Sob os pés de um elefante.
Tava com as pernas tremendo
Digo e não peço segredo
Que o velho deu-me uma pisa
Sem me tocar com o dedo.
Eu com tanta ignorância
Ele tanta mansidão
Fez eu pagar muito caro
A falta de educação.
Então naquele momento
Eu gritei por Salomé
Mandei trazer pra o velhinho
Uma xícara de café
E contando a grana minha
Só vinte reais eu tinha
Dei todinho a São José.
Zé Laurentino

DIA INTERNACIONAL DA FELICIDADE - AIRTON SOARES - POESIA

 25 03-20


20 de março

DIA INTERNACIONAL DA FELICIDADE

.

Você é feliz se você é bom de bola

Tudo que bola dá certo?

Mais acerto mais autoestima

Mais autoestima, mais motivação ...

.

Você é feliz se você é bom de bala.

Nunca está em ponto de bala?

Tudo o abala?

Quem tem as rédeas de suas emoções

Jamais perde as estribeiras.

.

Você é feliz se você é bom de cara.

Como vai de cara-metade?

Mais carinho ou mais carão?

E de caraokê?

Canta, sorrir sincero para você?

.

Tudo isso, tem de ser encarado.

Sem carapuça!

.

Mas você é feliz mesmo, se você é bom de CARÁTER,

Mesmo que lhe custe os olhos da cara.

Tê-lo faz parte da caravana da vida.

Pensa nisso cara okê?

Caramba! Pra isso nunca tinha dado bola.

“AS”

DIA INTERNACIONAL DA FELICIDADE - João Rodriques - Poesia

 25 03-20


20 de março – Dia Internacional da Felicidade


Felicidade é sentir

O prazer de uma amizade

Ouvir a mãe Liberdade

Dizendo: “Pode ir e vir”

Felicidade é sorrir

Do fundo do coração

Perdoar, pedir perdão

Dos erros do seu passado

É andar de braço dado

Com o amor, paz, união...


Felicidade é poder

Andar semeando o bem

Viver sem ferir ninguém

Ser feliz sem nada ter

Felicidade é saber

Caminhar com honradez

Enxergar com limpidez

O melhor que a vida tem

Viver intenso, porém

Um dia de cada vez.


Felicidade é sentir

O vento açoitando o peito

O amor banhando seu leito

Na hora que for dormir

Desenhar e colorir

Os passos da sua estrada

Transformar a caminhada

Num fardo discreto e leve 

É saber que a vida é breve

Mas vale a pena a jornada.


João Rodrigues (Reriutaba – CE)

 É hoje o lançamento do livro da Poetisa e Conterrânea Itanira Soares.  As 15hs STAND 94 BIENAL DO LIVRO.