quarta-feira, junho 08, 2022

Palavra MALDITA poesia - Luisa Crispim

 do meu FLANELÓGRAFO

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A poeta Luisa Crispim nos inquieta por não deixar claro qual a palavra mal dita pronunciada.
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Mas, só pode ser 'MALDITA", que dá título à poesia. Essa estratégica poética, nos prende a atenção do início ao fim. Lembrei- me de Capitu e Bentinho do querido M. de Assis!
Um colosso de texto. Aplausos, Crispim. Parabéns!
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PALAVRA MALDITA, MAL DITA
Se arrependimento matasse
ontem teria sido meu enterro
Qual seria a causa morte? Falar demais
Por muitas vezes me vejo em enrascadas,
Mas esta foi de lascar
Alguns diriam que seria sinceridade, outros ousadia, ou até
mesmo inconveniência
chamem pelo nome que quiser
Eu diria “cara lavada” ou palavra maldita
Tinha que ter escapado dos meus lábios naquela hora
Não podia ter morrido com ela, sem nada dizer
Depois de falar não dá mais para engolir e agora?
Falei o que não devia
Para a pessoa errada
Na hora errada
No lugar errado
Se eu pudesse ruminaria
Num buraco sumiria
Se pudesse naquele momento escolher: palavra ou chicotada ?
Com certeza seria a chicotada
E somente bastaria um banho de salmoura e a dor passaria
A palavra não tem cura, não cicatriza
Mói
Remói
Dói
Maldita hora que deixei escapar aquela palavra
A única coisa que me resta é: trocar a palavra
Bendita palavra, bem dita
Perdão
Luisa Crispim

Covid - volta

 CHARGE

do dia
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Pode ser uma imagem de texto que diz "BLOCKBUSTERS MA RILDO CHARGES CINEMA HOJE: VOLTA DOS QUE NÃO FORAM VOLTA DOS QUE NÃO FORAM VOLTA DOSQUE NÃO ORAM COM:COVID-19 COM COVID-1"


Saudade dentro do peito - trova

 trovaPUXAtrova

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Saudade dentro do peito
É como fogo de monturo
Por fora tudo perfeito
Mas por dentro fazendo furo. ➔ Patativa
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Saudade: expressão mais bela
de tudo que já se foi...
É como abrir a janela
ao passado e dizer: "Oi"! ➔ Waldir Neves

Caldinho de banda - crônica com trova poesia de Dalinha

 crônicAS - 16

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“Um feijãozinho amassado,
Passado em hábil mão.
Engrossado com farinha
Modelava-se o capitão.
Eu vou contar pra você:
Foi o melhor "dicomê"
Que comi no meu sertão.”
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L

endo os apetitosos versos de Dalinha Catunda, me veio a lembrança: lá em casa, nos Idos de 1960 - interior / Ipu-Ceará, na hora do almoço, quando batia o fastio e a comida tava `seca´, pedíamos à nossa mãe um `caldinho de banda´.
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De banda, porque a comida ficava de lado, dando espaço para um suculento caldo de feijão temperado com toucinho de porco. Nesse tempo não se falava em colesterol. Acho que nem existia. E se existia não passava das páginas dos vade-mécuns.
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Pois bem: com essa estratégia não sobrava nem um tiquinho de comida no prato.
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Ô tempão! Hoje, o caldinho foi substituído por `refri´ e sem a mãe por perto!
A braço S

FUNERAL DA DOR - Dr. José Maria

 20 05 2025 FUNERAL DA DOR        À MEMÓRIA DO PADRE ALFREDINHO Sou o teu filho este pobre escorrido. Sou o matuto, teu irmão, filho da dor....