AILCA

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terça-feira, novembro 08, 2011

Velhice

04
Um dia fui menino travesso,
nalgum dia serei ancião,
minha vida vai estar ao avesso,
só verdade; sem ilusão!
Wanderson Uchoa - visite o blog do Wan

Velhice

 03
A ilusão da meninice
com os meus netos se refez
agora em plena velhice
eu sou criança outra vez.
Fernando Câncio - Fortaleza <> Ceará

Oratória

02
Quem prima pelo que fala
Tem mais chance de convencer
Pois sabe a hora que cala
E sempre faz acontecer.

Airton Soares

POLÍTICA

01
Não faça da urna uma loto
nesta data decisória.
Você sabe que o seu voto
pode mudar toda uma história. Airton Soares

segunda-feira, novembro 07, 2011

UMA FINA ESTAMPA


O POVO – Opinião – 15/10/2011

A televisão não é apenas um instrumento de diversão. Ela invade nossos lares e, pela força do convencimento visual, introduz padrões morais e sociais. Passa valores. Estabelece regras de comportamento. Dita normas do como viver. Faz a cabeça dos brasileiros. Não somos uma sociedade ágrafa? As coisas não entram pelo que se lê, mas pelo que se vê.

Pois bem, apesar de o País viver um clima de incentivo à educação pública, estabelecendo até uma lei federal com proposta de melhor salário para os professores – o piso salarial – e a busca de melhores condições de trabalho, a Rede Globo aparece na contramão da sociedade. Entra no debate com uma proposta muito curiosa. Refiro-me à novela Fina Estampa, que consegue avacalhar a escola com cenas bem explícitas de deboche.

Uma personagem (Solange – Carol Macedo), ainda adolescente, se rebola numa festa e canta em estilo funk: “Aprender é desafio/ mas no funk eu arrepio/ Eu odeio redação/ mas requebro até o chão/ Não sou boa no estudo/ levo zero em quase tudo/ Reprovada no provão/ tirei dez no popozão/ Meu diploma é de funkeira/ vem comigo meu irmão/ Põe a mão no popozão/ e requebra até o chão/ Chão, chão, chão!“
E, não satisfeito, o autor resolve colocar a mãe da jovem, Celeste (Dira Paes), aplaudindo a filha e muito orgulhosa com a possibilidade da filha tornar-se uma celebridade.

A ingenuidade deixa de ser inocente para tornar-se uma perversão. Não se nega valores, mostra-se o mórbido como condução natural.

Nesse instante, dada a imensa audiência, esse comportamento adquire legitimação. A inocência da adolescente vira um jogo perigoso de corpo em exposição. Há a esdrúxula explicitação de que o corpo feminino é carne a uso. A garota é convidada a seguir a pista nebulosa da erotização precoce, quase antessala da prostituição.

o corpo à venda
Não por acaso, O POVO, no Dia da Criança, revelou em primeira página o sonho de duas meninas: “quero ser atriz”… “quero ser modelo”.
Pobres meninas do Brasil…

18 PAULO RONALTH Silêncio por Gaza

 18 08 25 Silêncio por Gaza Não há sinal. Não há som. Não há mundo. Há ruínas. Caminho entre escombros como quem procura um resto de voz, um...