AILCA

AILCA

segunda-feira, novembro 07, 2011

||||| Li por Aí... ||||| 02

domingo, 28 de agosto de 2011

Por Airton Soares
๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛๛
Do meu flanelógrafo
Corre na internet...
Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário.
Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado"
Cid Gomes, governador do Ceará
Quanta falta de educação! AS
๛๛๛๛๛๛๛๛domingo - 28/08/2011

๛๛
TODO O PECADO ORIGINAL VEIO A SER A VIRTUDE ORIGINAL - Você sabia que o casamento era tido como um atentado à sociedade e que o «direito» foi por muito tempo um vetitum, uma inovação, um crime, ou seja, foi instituído com violência e opróbio? Confira no final da coluna as contundentes assertivas do eminente filósofo alemão Friedrich Nietzsche, abordando o tema A Fragilidade dos Valores.

๛๛
E POR FALAR EM CASAMENTO...

Quem ama mulher casada
só passa pela janela,
não pisa com o pé no chão
nem faz barulho em cancela,
com medo do “38”
na mão do marido dela.”
Li por aí...num sei por onde, porque não dizer nalgum lugar... e de tanto repetir acabei decorando e memorizando.
๛๛
EM FAVOR DO CABIMENTO.... A decoreba, hoje tão mal falada, na esfera educacional, a meu ver ainda tem muita serventia. O que acontecia: o aluno repetia... repetia...Só decorava. E... com o passar do tempo, esquecia. Hoje: continua válida a repetição para se decorar, mas... cada repetição tem de ser feita estrategicamente diferente, envolvendo imagens diversas via sentidos. Para cada sentido um sentimento [emoção!] diferente. Celso Antunes trabalha bem este tema em sua Aprendizagem Significativa. Em suma: repita para decorar, mas reflita exaustivamente sobre o que foi decorado para que o texto seja memorizado... gravado para sempre.
๛๛
GRAVE PARA SEMPRE SEUS TEXTOS - Nossa próxima oficina no SESC será Estratégias de Estudo: Aprendizagem Significativa, que tem como objetivo geral propiciar ao treinando a descoberta do seu plano pessoal de estudo e de como aumentar e melhorar a retenção e resgate de informações importantes para utilização no momento adequado através de técnicas de leitura e memorização. Fique atento. Divulgaremos nesta coluna início e carga horária. Mas uma coisa é certa: É GRATUITA!
๛๛
A FRAGILIDADE DOS VALORES - Todas as coisas «boas» foram noutro tempo más; todo o pecado original veio a ser virtude original. O casamento, por exemplo, era tido como um atentado contra a sociedade e pagava-se uma multa, por ter tido a imprudência de se apropriar de uma mulher (ainda hoje no Cambodja o sacerdote, guarda dos velhos costumes, conserva o jus primae noctis). 
 
Os sentimentos doces, benévolos, conciliadores, compassivos, mais tarde vieram a ser os «valores por excelência»; por muito tempo se atraiu o desprezo e se envergonhava cada qual da brandura, como agora da dureza.
A submissão ao direito: oh! que revolução de consciência em todas as raças aristocráticas quando tiveram de renunciar à vingança para se submeterem ao direito! O «direito» foi por muito tempo um vetitum, uma inovação, um crime; foi instituído com violência e opróbio. 
 
Cada passo que o homem deu sobre a Terra custou-lhe muitos suplícios intelectuais e corporais; tudo passou adiante e atrasou todo o movimento, em troca teve inumeráveis mártires; por estranho que isto hoje nos pareça, já o demonstrei na Aurora, aforismo 18: «Nada custou mais caro do que esta migalha de razão e de liberdade, que hoje nos envaidece». Esta mesma vaidade nos impede de considerar os períodos imensos da «moralização dos costumes» que precederam a história capital e foram a verdadeira história, a história capital e decisiva que fixou o carácter da humanidade. 
 
Então a dor passava por virtude, a vingança por virtude, a renúncia da razão por virtude, e o bem-estar passivo por perigo, o desejo de saber por perigo, a paz por perigo, a misericórdia por opróbio, o trabalho por vergonha, a demência por coisa divina, a conversão por imoralidade e a corrupção por coisa excelente.
Friedrich Nietzsche, in 'A Genealogia da Moral'

Li por Aí 01

Por Airton Soares
Brechando – neste LV - a conversa dos amigos Pedro Fortuna e Fatinha Augusto [discorriam sobre a importância do tempo] lembrei-me de uma citação que diz + ou – assim: não deixe para a tarde o que você pode fazer pela manhã, pois se gostar pode fazer tudo de novo e...se não gostar, já está feito.
Mas se o tempo voa... nós somos o piloto. Já prestou atenção: falar sobre o tempo, sempre temos tempo!
Eu sou do tamanho daquilo que vejo,
E não do tamanho da minha estatura.”
Pois é...tamanho físico não é documento. Desde o tempo do Império sabemos disso. A citação em tela foi bastante explorada segunda-feira, 22, no segundo encontro da nossa oficina: O FAZER LITERÁRIO que acontece no SESC do Mercado São Sebastião todas às segundas das 19 às 21h. Ah, sim, ia esquecendo: é GRATUITA.
Na próxima semana, 29, vamos provar que só há narrativa se tiver “pé”. Matamos sua curiosidade: a narrativa TEN PÉ = Tempo, Espaço, Narrador |||| Personagem e Enredo.
Escrever é ter o que dizer e saber como dizer. Escrever exige técnicas, conhecimento do assunto, paciência, determinação e, principalmente, PAIXÃO! “Escrever é desvendar o mundo” [ Do livro Interpretação de Textos de Marco Saliba]
Cuidar das emoções
Papel, Palavra, Leitor
Testemunhar o seu tempo
Eis a função do escritor. [ Airton Soares]
E para consubstanciar esta PAIXÃO de escrever, encerramos esta coluna - que tem a pretensão de ser semanal - com um recadinho a um poeta, de Olavo Bilac

A Um Poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego

Não se mostre na fábrica o suplicio
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:

Porque a Beleza, gêmea da Verdade
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.”

PALAVRA puxa PALAVRA

Por Airton Soares

Sou câncer, o único signo que superou a medicina... se sou, nunca estarei com...sei não...tem de fazer por onde... |||| Lembro da minha mãe: - Mãe, deixa eu tomar banho no açude. - “Menino, tu só vai tomar banho no açude se não fizer por onde [no subentendido...apanhar]..E concluía: “Não vá fazer estripulia, não faça por onde apanhar.” Naquele tempo, estripulia, para os nossos pais preconceitos queria dizer danação, coisa do demo; para nós, ingênuas brincadeiras. |||| E é exatamente isto que a etimologia da palavra diz: EUTRAPELIA, [ deu estripulia] do grego = jocosidades inofensivas.

terça-feira, outubro 25, 2011

O BOM DA VIDA SÃO AS ILUSÕES DA VIDA


Por Airton Soares


Fim de semana. Ambiência familiar. Sebastião, nosso primo, mostrava orgulhoso, e em primeira mão, suas mais recentes  xilografias. Entre diversos papagaios, peixes e cavalos, esta de pronto me agradara: a estação!

Quando a vi  me veio voando distante lembrança; farras...viagens da Capital pro Interior. Férias! Festas! Fantasias! Mundo nosso. Só nosso! Vendo  a gravura mais de perto, vi o viço do reboliço de gente...o pulsar de vida em cada chegada do trem.

- Oia o milho, Vai ata...vai ata; Olha a manga coité; Eu tenho a tapioquinha de coco. Iô creme! Beiju, beiju...olha o beiju!!

Homens... mulheres de faces encarquilhadas; meninos caneludos e remelentos como diria Moreira Campos, aproveitavam os poucos instantes da paradinha da `Maria Fumaça´, para garantir a sobrevivência do dia. Quanta saudade! De todas as idades. Saudades vindas; saudades idas!

Nada disso se pensava na época. A constatação do quadro de seca, miséria e de boas lembranças só veio muito depois dessa fase paradisíaca!

Mas... por bem ou por mal a gente cresce. Novas farras, festas e fantasias vão ocupando o vazio de outrora. Terá razão Honoré de Balzac, quando diz que o bom da vida são as ilusões da vida?

sábado, junho 11, 2011

A Frase

"Falar muito sobre si próprio pode também ser um meio de se ocultar."

(Friedrich Nietzsche)

18 PAULO RONALTH Silêncio por Gaza

 18 08 25 Silêncio por Gaza Não há sinal. Não há som. Não há mundo. Há ruínas. Caminho entre escombros como quem procura um resto de voz, um...