27 06 2025
PAULO RONALTH
No Limite do Abismo Nuclear
Chegamos onde a razĂŁo se desfaz,
No abismo lĂșcido da sem-razĂŁo.
A bomba, espectro que nos traz a paz,
Um monstro inerte a ditar a canção.
Em cada ogiva, um pacto de pavor,
SilĂȘncio armado que nos cala o grito.
O medo mĂștuo Ă© o Ășltimo valor,
Um contra-senso em nosso tempo aflito.
Assim se ergue a quimera do sossego,
Na ponta afiada de um total adeus.
Um frågil elo que mantém o apego
à vida mesma, sob os falsos céus.
Insensatez que o mundo agora crĂȘ,
Paz feita em pĂł, no que nĂŁo pode ser.
Ronalth
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