AILCA

AILCA

segunda-feira, novembro 21, 2011

REMELENTA E CANELUDA

“NO TRÂNSITO À MERCÊ DOS SINAIS, meninos malabaristas em alegorias tristes. Quem anda a pé vai vendo famílias inteiras, sem emprego, morando nas calçadas, pedindo esmolas, escascaviando o lixo nas esquinas, afugentando os ratos nas noites." Trecho de uma contundente carta ao Presidente da República. (fonte: NET. Autoria não mencionada)

sinal vermelho
 “remelenta e caneluda”,
 fósforos
brinca e briga
sete anos?!
sete caixas!...
 ... tanques de guerra

percebe-me
fita-me
e dispara...
desfiado olhar
sem um só riso

de mim, desprevenido
sai só  sorriso torto
torto, triste e culposo
culpa tardia?

tempo curto
sinal amarela

a avó varre a calçada
com  varas da árvore
que os protege
canta!

no canto
uma caneca
esperando caFÉ
restos de comida
numa ex-lata
de doce

dura vida
que não perdura
e nem dá pé

sinal...
... e a vida curta e nua
Conti...nua... sem dar-se fé!


Escrevi esta poesia em 16jan/2009, pela manhã, ao passar pela rua Costa Barros - Aldeota - Fortaleza - Ceará.

Nenhum comentário:

18 PAULO RONALTH Silêncio por Gaza

 18 08 25 Silêncio por Gaza Não há sinal. Não há som. Não há mundo. Há ruínas. Caminho entre escombros como quem procura um resto de voz, um...