29 07 25
A Vida Num Espera
A vida num espera, meu fio, num vá se enganar,
Pisca os óio e o tempo corre sem modo de frear.
Um dia é só risadinha, é roda na calçada,
Noutro, é pranto escondido e conta empilhada.
Crescer tem sua beleza, mas o peso é sem igual,
Vai juntando saudade e lembrança sentimental.
As palavra que num diz, as memória que arde,
É tudo mistura braba de saudade com vontade.
Vivê na pressa, sem vê o que tá por perto,
Querendo mostrá que é grande, mas o coração tá deserto.
Esquece do café risonho, do abraço apertado,
Das mão que acolhe firme quando o mundo tá pesado.
Num se perca, meu amigo, querendo tudo alcançar,
O que vale é o essencial, é o amor no olhar.
É o afeto, a gratidão, a presença no presente,
Que faz a vida rimá no verso mais comovente.
Porque no fim das jornada, o que fica é só um bucadim:
Os momento que fez o peito suspirá bem devagarim.
Ronalth
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