segunda-feira, março 31, 2025

ABÍLIO MARTINS - TEXTOS & FOTOS

 25 03-31

via FACEBOOK


Meu amigo Abilio Martins, sempre um homem das letras e da cultura. Parabéns.

Carlos Alberto Souza
Grande Abílio, parabéns pela sua trajetória no mundo da cultura, portanto gostaria do nobre amigo, enviar vários exemplares para serem vendidos na Aspofece, pois tenho interesse em adquirir 2 exemplares do livro. Um forte abraço.

J Udine Vasconcelos
Grande cronista, Abílio Martins. Aguardo o lançamento da supimpa obra que, provavelmente, vc há de lançá-la, tbm, aqui, em Fortaleza. Sucesso!!!



                                 Silon Mesquita e Chaguinha Silveira (03 10 2018)



                                                                           03 10 2018


03 10 2018

03 10 2018


03 10 2018

 
20 01 2014







                                                                                 17 06 2012



Horas,dias,mesess e trinta e sete anos de amor, companheirismo e cumplicidade mútua!! Obrigada meu Deus!! por tantos sonhos que realizamos nestes anos.Hoje o perfume das rosas exalam em nosso lar.

                                                                                  18 12 2011


Abilio Martins
Minha amiga Valesya: a sua presença alegre é sempre muito bem vinda.


                                                                    04 12 2011


TEXTOS DE ABÍLIO MARTINS
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Na Áustria, fui surpreendido pelo fascínio que aquele povo tem pela música erudita. Para ser mais preciso: A música clássica (1750 / 1810) e a romântica (1810 / 1910), aproximadamente. Nesta fase, o mundo musical foi surpreendido pelas lindíssimas valsas vienenses. Naquela, conhecida também como fase galante da música, a Europa foi sacudida pelas composições belíssimas de dois imortais: Mozart e Beethoven.

Em Salzburg, embevecido pelas belezas da cidade e das músicas, chamaram-me a atenção as inúmeras bandinhas locais que desfilam, impecavelmente, nos finais de semana. E, enquanto se apresentam tocando as mais variadas marchinhas, inúmeras e imensas mesas na praça são ocupadas pelo povo da região que passam a saborear comidas típicas acompanhadas, claro, de muito chope.
Em anexo, a sensacional orquestra de JAMES LAST interpreta a marchinha “THE FLYERS MARCH”, a qual me faz recordar daquela bonita cidade.
Abilio, 20 nov 2010

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Soldado Martins (quase!)

No ano de 1970, surpreso, recebi uma intimação para me apresentar à 25ª Circunscrição do Serviço Militar, órgão responsável pela execução e fiscalização do serviço militar, em Fortaleza.
No dia e hora marcados encontrava-me ao lado de outros quarenta a cinquenta jovens, aguardando, desconfiados, o motivo daquele chamamento.

De repente, aos gritos, sem que eu entendesse tamanha aspereza, se apresenta um Sargento comunicando que estávamos convocados para servir o Exército Brasileiro.
Sabemos que é uma honra servir o Exército brasileiro, mas, particularmente, eu não estava preparado, tampouco tinha planos de seguir a carreira militar.

O arrogante Sargento ordenou que nos dirigíssemos a um amplo salão da Instituição. Lá, exigiu que todos tirássemos, literalmente, as roupas. Em instantes, estávamos em um grande círculo, com as mãos abanando, sem onde colocá-las, aguardando novas determinações. Lembro-me que um dos aspirantes ousou passar as mãos entre as pernas. O Sargento, ríspido, repreendeu-o incontinenti:
- Está passando a mão aí por quê e pra quê?”

O futuro pracinha, encabulado, e sem resposta, abaixou a cabeça.
O teste, muito estranho, consistia em assoprarmos forte para identificar se os testículos subiam. Caso contrário, seríamos considerados inaptos. (Ah, como torci para que os meus não subissem!)
Para minha infelicidade fui aprovado no esquisito exame. Visando um desligamento prévio da corporação fui ao centro do círculo, ainda em traje de Adão, mostrar ao zangado Sargento uma leve deformidade no pé direito, consequência de um acidente na infância. O Sargento com o olhar de uma serpente diz-me em alto e bom som.

- Retorne ao seu lugar! O Exército tem botas para todo tipo e tamanho de pé”. (Riso geral).
Persistente, pedi ao mal-humorado Sargento permissão para telefonar à minha família.
Atendido, liguei para o meu tio, influente na cidade, relatando o meu trágico destino.
Minutos depois, já prestes a embarcar no caminhão que nos levaria ao 23º Batalhão de Caçadores – 23BC, o antipático sargento aos gritos interpelou:
_ Quem é Adolfo Lourenço Martins?
_ Pronto Sargento.
_ É você?
_ Sim, Sargento.
_ Vá pra casa.
_ Obrigado, Sargento!
Nada contra os “pracinhas”, mas, sinceramente, nunca me imaginei sendo chamado de “Soldado Martins”. E, até hoje, sigo sem entender o propósito daquele esquisitíssimo teste dos testículos.
Abílio Martins, 25 out 2020
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Templos da emoção

Os teatros de óperas, por esse mundo afora, são verdadeiras esculturas arquitetônicas. A maioria preserva o clássico e o neoclássico; outros, a modernidade da arquitetura contemporânea. Mas são todos belos.

A sensação que experimentei ao visitar alguns desses teatros, foi a mesma que senti ao pisar, pela primeira vez, nos estádios do Maracanã, Mineirão, Beira-Rio, La Bombonera, Santiago Bernabéu e outros. Estes, os templos do futebol; aqueles, os santuários da música.

Nos estádios, vinha-me a lembrança de grandes embates: Fla x Flu, Gre-nal, Cruzeiro x Atlético, Barcelona x Real Madrid, entre outros. Vinha-me, ainda, as lembranças inesquecíveis dos grandes craques e verdadeiros artistas do gramado: Pelé, Garrincha, Maradona, Tostão, Falcão, Platini, Beckenbauer e tantos outros que deixaram as suas indeléveis marcas nesses adoráveis palcos da bola.

Nos teatros, extasiado de tanta beleza e emoção, via, ora diante dos olhos, ora na imaginação, as apresentações das mais renomadas orquestras sinfônicas de Berlim, Londres, Moscou, a Filarmônica de Viena, interpretando as mais belas composições dos grandes e eternos craques da música: Sebastian Bach, Verdi, Beethoven, Mozart, Tchaikovsky, Chopin, Strauss, além de dezenas de outros que deixaram as suas inapagáveis marcas no mundo encantado da música.

A verdade é que são dois teatros semelhantes. Ambos emocionantes. No entanto, uma diferença: nos estádios, a beleza é percebida pelos olhos e extravasada pelo grito; nos teatros, a beleza é absorvida pelos ouvidos e guardada silenciosamente dentro d’alma.
Abilio, 23 out 2010

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Noites Chuvosas de Abril

Trovões e relâmpagos cortam o céu do Ipu, anunciando mais uma noite chuvosa de abril.
Sob a proteção e o aconchego dos nossos pais, nós, irmãos, buscávamos refúgio no quarto principal da casa. Agasalhados em pijamas e meias de flanela, aquecidos por um saboroso caldo de caridade, pulávamos de alegria sobre a cama após o terço, enquanto lá fora a tempestade travava sua incessante batalha. O som dos trovões e dos raios se misturava à sinfonia indescritível da chuva tamborilando no telhado.

Já deitados, alguém alertava:
- “Mãããe, uma goteeeira”!
Nossa querida mãe, com seus passinhos curtos e ligeiros, logo aparecia com uma bacia para aparar os primeiros pingos, que caíam ainda cadenciados e controláveis. Ploc, ploc, ploc...
Outra goteeeeira mãe! Gritava o caçula.
E mais uma bacia era colocada, tentando conter o inevitável: pingos e respingos já irrefreáveis, em razão da torrencial chuva que caía.

Adormecíamos, angelicalmente, embalado pelo doce som da chuva compondo sua melodia no telhado.
Ao amanhecer, após uma afável noite invernosa, deparávamos com os nossos quartos repletos de bacias, panelas e até penicos, todos, literalmente, transbordando com o ininterrupto ploc, ploc, ploc, durante a madrugada.

Era esse o cenário pueril, gostoso e inolvidável das noites chuvosas de abril, em nossa casa e na maioria das residências do Ipu.
Infelizmente, hoje, o “glamour” daquelas noites já não existe. As residências, agora concretadas, privam seus moradores de vivenciar esse espetáculo tão simples e tão belo.
Abilio, ago 2010

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Minhas mãos, meu cavaquinho

Esta música “Minhas mãos, meu cavaquinho” tem uma história. Aliás, quando conhecemos a história de determinada música, ela se torna mais bela.
Waldir Azevedo, quando cortava a grama do jardim da sua casa, sofreu um acidente que quase lhe custou um dedo.

Os médicos tiraram qualquer esperança de que Waldir voltaria a tocar o cavaquinho.
Porém, meses depois, e, com muita determinação e esperança, Waldir Azevedo recuperou o movimento do dedo, voltando a tocar o que mais ele amava, o cavaquinho.
Em agradecimento a Deus, compôs o choro "Minhas Mãos, meu Cavaquinho". No final da música, Waldir inclui um trecho da “Ave Maria” de Gounoud.
Para mim, uma das suas mais belas composições. Esse LP foi meu companheiro por muitos anos.
Abílio

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É muita sujeira!

Filó, hoje temos visita.
Rapidamente, ela retira os móveis da sala, bate o tapete, varre a casa, e volta a colocar todos limpos e lustrados, nos seus respectivos lugares, à espera do amigo visitante.
É assim na minha, na sua e na maioria das casas.

Por que o mesmo não acontece na política?
É fácil. A sujeira é tanta e constante que não adianta varrer. É sujeira para tudo que é lado. E, se não bastasse, as pessoas que adentram no ambiente, sejam convidadas ou indicadas, são, na maioria, pessoas sem escrúpulos, da mesma laia.

Não adianta varrer. Encontra-se sujeira na Câmara, no Senado, no Planalto, nas assembleias, nas câmaras municipais e nas prefeituras. A desonestidade política está, com raras exceções, generalizada, feia.

Ao adentrar nesses ambientes, a primeira impressão que se tem é que está tudo perfeito. As pessoas nos seus devidos lugares e a máquina funcionando maravilhosamente bem. Mas quando se levanta o tapete, meu Deus! quanta imundície, falsidade, roubalheira e desonestidade.
Quanta sujeira!

O “dono da casa”, desavergonhadamente e sem escrúpulo, recebe os seus amigos políticos aos risos e abraços como se estivesse tudo na mais perfeita ordem, ciente, ele, de não receber nenhuma crítica, pois é sabedor que todos os seus convidados seguem a mesma cartilha. A cartilha da improbidade, da corrupção.

Esquecem, esses políticos, que o povo, perplexo e cansado de ver tanta sujeira, está torcendo para que amanhã, ou depois, estejam todos na Justiça.
Ah, mas onde está a Justiça?
É muita sujeira.
Abílio, 16 jun 2017.

Na base da chinela
Há anos, lá pela década de oitenta, fui convidado por amigos para um forró no interior de Quixeramobim.
Não hesitei. Aliás, naquela época não precisava de insistências para aceitar determinados convites.
Lá, chegando, fomos cercados por inúmeros curiosos, certamente em razão da presença do carro, o que não era convencional naquele lugarejo.
Na sala de uma pequena casa, iluminada por lampiões (petromax), concentravam-se os dançantes sob a batuta de uma sanfona, zabumba e triângulo. No terreiro, meia dúzia de bancas vendia bolos, refrigerantes, e, claro, muita cachaça.
Receosos, e ainda tímidos, procuramos um lugar discreto de onde avistávamos o rodopio das mulatas e parceiros, ao compasso do autêntico forró nordestino.
Muitos caboclos transitavam natural e vaidosamente, portando, à mostra, as suas peixeiras. Enquanto isso, alguns casais “sedentos”, compartilhavam com as cercas solitárias e escuras, momentos de amor.
Depois de alguns goles de cachaça perguntamos a atenciosa senhora se não havia uma cerveja qualquer.
É pra já. Respondeu incontinenti.
Rapidamente apanhou uma enxada, escavou alguns centímetros na areia, pescou uma cerveja barrenta, jogou-a dentro de uma lata d´água para expurgar o barro e resíduos, e nos entregou afirmando:
_ Esta tá bem friinha.
A partir de então passamos a consumir “espumas de cerveja”.
Da metade para o final da festa, já descontraídos, estávamos nós no centro do salão, sentindo as curvas maliciosas e o cheiro provocante daquelas sertanejas, ao ritmo do forró gostoso de JACKSON DO PANDEIRO, dançando, “NA BASE DA CHINELA”, até o amanhecer. Tsi... tsi... tsi
Ah, como dançam aquelas caboclas!
Abílio, agosto 2010
Pode ser uma imagem de texto que diz "NÃO ADIANTA LAVAR AQUI FORA, FLORISVALDO... ALDO.. ESSE CHEIRO DE COISA PODRE, VEM LÁ DE DENTRO !!! ixo 3ESSinha."


SER BASTIÃO - Poesia - Airton Soares

 25 04-07 ᵈᵒ ᵐᵉᵘ📌𝗙𝗟𝗔𝗡𝗘𝗟𝗢́𝗚𝗥𝗔𝗙𝗢  .                            Aᶦʳᵗᵒⁿ Sᵒᵃʳᵉˢ      * * 07 04 25   Ser bastião                     ...