Rei Baltazar

 Quase Crônica

TEATRO SESC

.

Observa-se na sequência das fotos um crescendo de ânimo do personagem. Era isto que meu professor e diretor - Eurico Bivar - insistia pacientemente para que esta cena, de poucos segundos, durasse uma eternidade na mente dos expectadores.

Num átimo de tempo, o público teria que perceber mudança em meu semblante, sobretudo no olhar. Infelizmente não constatamos isto no palco. Ele partiu um pouco depois desses ensaios.

A braço S

do meu FLANELÓGRAFO - a esperança é a...

 do meu FLANELÓGRAFO

Tem jeito não... é + ou - assim:

●

- A esperança é a última que morre.

- Mas morre!

●

- Deus dá o frio conforme o cobertor.

- Mas o meu tá furado!

●

- Não se preocupe, Deus está vendo.

- Tá vendo, mas tá fazendo vista grossa!

●

O pessimista é uma pessoa que, podendo escolher entre dois males, prefere ambos.

Oscar Wilde

°°°°°°°°

Já o otimista.......

Um cara pula do 12º andar de um prédio. Quando chega no 8ª andar, alguém pergunta:

- E aí?

- Até aqui tudo bem!

A braço S

Desejo um mal que faz bem!

 

TROVA DO DIA

 

Desejando um mal que vai

fazer bem pros dois!

°°°°°

Queria que chovesse

uma chuva bem fininha,

para molhar sua cama

e você dormir na minha.

                                 ➔ Li Por Aí

Dalinha Catunda

Eu queria que chovesse

Que me assustasse o trovão

Só pra eu sair correndo

Pra riba do teu colchão.

DIVÃneio

 

Quase Crônica

“Quem não sabe dançar, culpa a irregularidade do piso"

Podemos identificar nesta frase um pretexto {justificação}, mecanismo de defesa mais conhecido como racionalização.

Quem justifica demais não evolui. De todos os mecanismos de defesa apontados por Freud, esse é o que está mais presente em nossas atitudes e comportamentos. Lembram daquela historinha da raposa e as uvas?

A braço S

O que será que será

 Charge do Dia - 02

♫

O que será que será

Que dá dentro da gente e que não devia…

A braço S

1Airton Soares

Há dias que o melhor disfarce é cortar cebola...

 Charge do Dia - 01

Há dias que o melhor disfarce é cortar cebola...

NalvaSol

A teoria é a frase e a frase é a teoria

 crônicASemanal - 04

A teoria é a frase e a

frase é a teoria

.

O base da teoria de Piaget é o equilíbrio. O que ela diz: todo organismo vivo procura manter um estado de equilíbrio com seu meio. Para isso, ele procura superar os obstáculos que encontra em sua relação com o meio. E nesse vai e vem de desequilíbrio e equilíbrio ocorre o desenvolvimento intelectual.

.

Por que me veio a lembrança dessa teoria?

Ao ler a frase de Alice Ruiz: “Essa vida contém cenas explícitas de tédio nos intervalos da emoção.”

.

O que me chamou a atenção: Alice, embora nas entrelinhas, por se apropriar de uma linguagem poética, estampa em poucas palavras praticamente toda a teoria do cientista suíço – equilíbrio [tédio]; desequilíbrio [emoção... mudança!].

.

Assim, sem medo de ser tachado de afoito: o poeta e o cientista correm em raias diferentes, mas a pista é a mesma.

.

Por fim, peço: relevem – nesta crônica - possíveis arroubos hiperbólicos de minha parte. “Faz parte” Sou poeta!

.

A braço S

.

Faltou dizer: Alice Ruiz é uma poeta e tradutora brasileira. Foi casada com o também poeta Paulo Leminski.

É MUITO ARRISCADO

Quase crônica - 08

Quase sempre quando escrevo - escuto ou falo a palavra Dúvida - de pronto vem a lembrança do grande escritor e filósofo francês Diderot.

É dele este pensamento: É muito arriscado o homem acreditar em tudo como duvidar de tudo. Ou seja: os extremos são perigosos. Atente para a imortal frase grega: A virtude está no meio.

A braço S

Agem ao sabor das circunstâncias.

 TROVA DO DIA

° ° ° ° °

Amigos que não convêm

São aves de arribação:

- Se faz bom tempo eles vêm...

- Se faz mau tempo eles vão...

➔ Soares da Cunha – Belo Horizonte

A braço S

Que Tabaco Mestre Airton? O Tabaco que fuma ou o que leva fumo?”

 Um ano desses, publiquei por aí alguma nota sobre o Dia Mundial sem Tabaco. [31 de maio]

.

De pronto, o amigo Chico Parnaibano faz uma provocação se utilizando de um trocadilho: “Que Tabaco Mestre Airton? O Tabaco que fuma ou o que leva fumo?”

.

Respondi e Dalinha Catunda comentou em formato cordel,

°°°°°°°

.

Nesta hora onde é que fico

ante hábil trocadilho

e pergunta que o Chico

me faz de afogadilho?

.

Ele quer saber se o tabaco

é aquele que vem da flora,

ou é aquele que se tira o cabaço

e que todo homem adora.

.

Tabaco que leva fumo

eis o alimento da vida

alto é o seu consumo

e não tem melhor comida!

.

Já no tabaco que se fuma

Tudo muda de feição

Quando mais o fumo entra

Mais furo entra no pulmão.

.

Meu amigo Parnaibano,

“terrível” provocador

nesse campo freudiano

Você é meu mestre e professor.

.

Vou findando o poemeu

assim... meio diferente

Pedindo a quem nos leu

Não ficar irreverente

Com o tom epicureu

Que demos nesse repente.

Airton Soares

.

PRECIPÍCIO DE UM CIDADÃO

.

Por Dalinha Catunda (*)

.

Em matéria de tabaco,

Airton foi competente.

Difícil ler estes versos,

e ficar indiferente.

Mas foi Chico Parnaibano,

que de fato arrumou pano,

pras mangas desse repente.

Se o tabaco é da flora,

ou de quem o deflora.

Não importa, meu irmão.

Tudo que vira vício, na certa é precipício,

na vida de um cidadão.