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Do meu flanelógrafo
Corre na internet...  
“Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário.  
Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado"  
Cid Gomes, governador do Ceará 
Quanta falta de educação! AS
๛๛๛๛๛๛๛๛domingo - 28/08/2011
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TODO  O PECADO ORIGINAL VEIO A SER A VIRTUDE ORIGINAL - Você sabia que o  casamento era tido como um atentado à sociedade e que o «direito» foi  por muito tempo um vetitum, uma inovação, um crime, ou seja, foi  instituído com violência e opróbio? Confira no final da coluna as  contundentes assertivas do eminente filósofo  alemão Friedrich  Nietzsche, abordando o tema A Fragilidade dos Valores.
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E POR FALAR EM CASAMENTO...
“Quem ama mulher casada
só passa pela janela,
não pisa com o pé no chão
nem faz barulho em cancela,
com medo do “38”
na mão do marido dela.”
Li por aí...num sei por onde, porque não dizer nalgum lugar... e de tanto repetir acabei decorando e memorizando.
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EM  FAVOR DO CABIMENTO....  A decoreba, hoje tão mal falada, na esfera  educacional, a meu ver ainda tem muita serventia. O que acontecia: o  aluno repetia... repetia...Só decorava. E... com o passar do tempo, esquecia.  Hoje: continua válida a repetição para se decorar, mas... cada  repetição  tem de ser  feita estrategicamente diferente, envolvendo  imagens diversas via sentidos. Para cada sentido um sentimento [emoção!]  diferente. Celso Antunes trabalha bem este tema em sua Aprendizagem  Significativa. Em suma: repita  para decorar, mas reflita exaustivamente  sobre o que foi decorado para que o texto seja memorizado... gravado  para sempre.  
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GRAVE PARA SEMPRE SEUS TEXTOS - Nossa próxima oficina no SESC será Estratégias de Estudo: Aprendizagem Significativa, que tem como objetivo geral propiciar  ao treinando a descoberta do seu plano pessoal de estudo e de como  aumentar e melhorar a retenção e resgate de informações importantes para  utilização no momento adequado através de técnicas de leitura e  memorização. Fique atento. Divulgaremos nesta coluna início e carga  horária. Mas uma coisa é certa: É GRATUITA!
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A  FRAGILIDADE DOS VALORES - Todas as coisas «boas» foram noutro tempo  más; todo o pecado original veio a ser virtude original. O casamento,  por exemplo, era tido como um atentado contra a sociedade e pagava-se  uma multa, por ter tido a imprudência de se apropriar de uma mulher  (ainda hoje no Cambodja o sacerdote, guarda dos velhos costumes,  conserva o jus primae noctis). 
  
Os  sentimentos doces, benévolos, conciliadores, compassivos, mais tarde  vieram a ser os «valores por excelência»; por muito tempo se atraiu o  desprezo e se envergonhava cada qual da brandura, como agora da dureza.
A  submissão ao direito: oh! que revolução de consciência em todas as  raças aristocráticas quando tiveram de renunciar à vingança para se  submeterem ao direito! O «direito» foi por muito tempo um vetitum, uma  inovação, um crime; foi instituído com violência e opróbio. 
  
Cada  passo que o homem deu sobre a Terra custou-lhe muitos suplícios  intelectuais e corporais; tudo passou adiante e atrasou todo o  movimento, em troca teve inumeráveis mártires; por estranho que isto  hoje nos pareça, já o demonstrei na Aurora, aforismo 18: «Nada custou  mais caro do que esta migalha de razão e de liberdade, que hoje nos  envaidece». Esta mesma vaidade nos impede de considerar os períodos  imensos da «moralização dos costumes» que precederam a história capital e  foram a verdadeira história, a história capital e decisiva que fixou o  carácter da humanidade. 
  
Então  a dor passava por virtude, a vingança por virtude, a renúncia da razão  por virtude, e o bem-estar passivo por perigo, o desejo de saber por  perigo, a paz por perigo, a misericórdia por opróbio, o trabalho por  vergonha, a demência por coisa divina, a conversão por imoralidade e a  corrupção por coisa excelente.
Friedrich Nietzsche, in 'A Genealogia da Moral'