AILCA

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segunda-feira, novembro 07, 2011

||||| Li por Aí... ||||| 04

sábado, 3 de setembro de 2011

Por Airton Soares
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Do meu flanelógrafo
Ler sem raciocinar é como preencher um cheque sem
saber quanto se tem no banco.” Ulisses Tavares. *
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* ULISSES TAVARES, escritor e professor, sempre leu muito. Não ficou rico com isso. Mas deixou de ser pobre de espírito rapidinho. Visite: www.ulissestavares.com.br
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OLHE, LONGE DE QUERER SER “o cara” da leitura, mas eu me enquadro no time do professor Ulisses. Falar nisso, minha família diz: “Tu vai ficar doido de tanto ler” - Reflito: se leio, fico doido; se não leio, fico doido pra ler... Existirá diferença?
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A leitura nos ensina
a separar o joio do trigo
para que no campo da vida
floresça homem e não mendigo. Airton Soares
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Por isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do deserto
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.
[ Trechos - O livro e a América, Castro Alves]
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LI POR AÍ
...........cinco razões para ler um livro:
  • Partir em busca do conhecimento;
  • Aliviar o estresse;
  • Viajar sem sair do lugar;
  • Voar por outros mundos e dimensões;
  • Abrir um cofre de sabedoria.
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CURIOSnãotemIDADE - Na Segunda Guerra Mundial, o cerco nazista à cidade russa de Stalingrado (atual São Petersburgo) por quase um ano, privou seus habitantes de meios alimentares vindo de fora. Na ocasião, as autoridades soviéticas recomendaram o hábito da leitura por entre a população, como forma de fazer "esquecer" a fome que passavam. [Verbete: leitura / Wiquipédia]
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É VERDADE PATENTE
Bíblia: o livro mais lido no mundo. O segundo mais lido: Dom Quixote de La Mancha, de Cervantes.
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E PRA FINALIZAR....
Parece troça, parece,
mas é verdade PATENTE
que a gente nunca se esquece
de quem se esquece da gente. [ Jader Andrade ]

||| Li por Aí... ||| 03

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


Por Airton Soares
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Tudo bem. Viva o computador, a internet.
Mas nenhuma coleção de CDs e DVDs ornamentará uma
sala como o calor e a dignidade de uma estante de livros.”
E este colunista - em final de expediente, exausto e sem assunto -
acrescenta: FALOU E DISSE!
๛๛๛๛๛๛๛๛ quinta - 01/09/2011
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NÃO CONTRAIA! - Pressionada pela linguagem oral, na qual são comuns as fusões de som, a escrita é levada a contrair — distraidamente — o que não pode gramaticalmente ser contraído. Em casos como o da frase “Apesar de o preso ter sido solto no mesmo dia...”, nunca se deve escrever “Apesar do preso ter sido...”, o que só é tolerado na oralidade. E isso pela simples razão de que o sujeito nunca pode ser regido por preposição. Portanto, na linguagem culta formal, não se deve fazer essa mistura. Consultexto - Ano 12 - nº 563 - 1º/09/2011
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CONTRAIR MATRIMÔNIO, PODE! Neste caso o sujeito realiza um contrato... um compromisso. Já contrair um resfriado [ ser afetado] cristão nenhum deseja, e como é difícil evitá-lo! Falar nisso, mestre Drummond diz que existem no mundo duas coisas difíceis de se evitar: paixão e resfriado. Até aqui tudo bem, - continua o poeta - o problema é que ninguém quer se vacinar contra o amor, mesmo sabendo dos seus efeitos colaterais.
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AMANHÃ, sexta-feira, dia de PoncioPilex. Sábado e domingo... curtir um redinha de tucum com direito a cafuné, né não? Fiquemos por aqui com a provocação da nossa Acadêmica [Academia Ipuense] e cordelista de mão, digo, de corpo cheio, Dalinha Catunda!
REDE NO ALPENDRE
*
Uma rede num alpendre
E um ventinho sedutor
Vento que vem do açude
Para abanar meu calor
São delícias que desfruto
Quando estou no interior.[...] Dalinha Catunda

||||| Li por Aí... ||||| 02

domingo, 28 de agosto de 2011

Por Airton Soares
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Do meu flanelógrafo
Corre na internet...
Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário.
Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado"
Cid Gomes, governador do Ceará
Quanta falta de educação! AS
๛๛๛๛๛๛๛๛domingo - 28/08/2011

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TODO O PECADO ORIGINAL VEIO A SER A VIRTUDE ORIGINAL - Você sabia que o casamento era tido como um atentado à sociedade e que o «direito» foi por muito tempo um vetitum, uma inovação, um crime, ou seja, foi instituído com violência e opróbio? Confira no final da coluna as contundentes assertivas do eminente filósofo alemão Friedrich Nietzsche, abordando o tema A Fragilidade dos Valores.

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E POR FALAR EM CASAMENTO...

Quem ama mulher casada
só passa pela janela,
não pisa com o pé no chão
nem faz barulho em cancela,
com medo do “38”
na mão do marido dela.”
Li por aí...num sei por onde, porque não dizer nalgum lugar... e de tanto repetir acabei decorando e memorizando.
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EM FAVOR DO CABIMENTO.... A decoreba, hoje tão mal falada, na esfera educacional, a meu ver ainda tem muita serventia. O que acontecia: o aluno repetia... repetia...Só decorava. E... com o passar do tempo, esquecia. Hoje: continua válida a repetição para se decorar, mas... cada repetição tem de ser feita estrategicamente diferente, envolvendo imagens diversas via sentidos. Para cada sentido um sentimento [emoção!] diferente. Celso Antunes trabalha bem este tema em sua Aprendizagem Significativa. Em suma: repita para decorar, mas reflita exaustivamente sobre o que foi decorado para que o texto seja memorizado... gravado para sempre.
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GRAVE PARA SEMPRE SEUS TEXTOS - Nossa próxima oficina no SESC será Estratégias de Estudo: Aprendizagem Significativa, que tem como objetivo geral propiciar ao treinando a descoberta do seu plano pessoal de estudo e de como aumentar e melhorar a retenção e resgate de informações importantes para utilização no momento adequado através de técnicas de leitura e memorização. Fique atento. Divulgaremos nesta coluna início e carga horária. Mas uma coisa é certa: É GRATUITA!
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A FRAGILIDADE DOS VALORES - Todas as coisas «boas» foram noutro tempo más; todo o pecado original veio a ser virtude original. O casamento, por exemplo, era tido como um atentado contra a sociedade e pagava-se uma multa, por ter tido a imprudência de se apropriar de uma mulher (ainda hoje no Cambodja o sacerdote, guarda dos velhos costumes, conserva o jus primae noctis). 
 
Os sentimentos doces, benévolos, conciliadores, compassivos, mais tarde vieram a ser os «valores por excelência»; por muito tempo se atraiu o desprezo e se envergonhava cada qual da brandura, como agora da dureza.
A submissão ao direito: oh! que revolução de consciência em todas as raças aristocráticas quando tiveram de renunciar à vingança para se submeterem ao direito! O «direito» foi por muito tempo um vetitum, uma inovação, um crime; foi instituído com violência e opróbio. 
 
Cada passo que o homem deu sobre a Terra custou-lhe muitos suplícios intelectuais e corporais; tudo passou adiante e atrasou todo o movimento, em troca teve inumeráveis mártires; por estranho que isto hoje nos pareça, já o demonstrei na Aurora, aforismo 18: «Nada custou mais caro do que esta migalha de razão e de liberdade, que hoje nos envaidece». Esta mesma vaidade nos impede de considerar os períodos imensos da «moralização dos costumes» que precederam a história capital e foram a verdadeira história, a história capital e decisiva que fixou o carácter da humanidade. 
 
Então a dor passava por virtude, a vingança por virtude, a renúncia da razão por virtude, e o bem-estar passivo por perigo, o desejo de saber por perigo, a paz por perigo, a misericórdia por opróbio, o trabalho por vergonha, a demência por coisa divina, a conversão por imoralidade e a corrupção por coisa excelente.
Friedrich Nietzsche, in 'A Genealogia da Moral'

Li por Aí 01

Por Airton Soares
Brechando – neste LV - a conversa dos amigos Pedro Fortuna e Fatinha Augusto [discorriam sobre a importância do tempo] lembrei-me de uma citação que diz + ou – assim: não deixe para a tarde o que você pode fazer pela manhã, pois se gostar pode fazer tudo de novo e...se não gostar, já está feito.
Mas se o tempo voa... nós somos o piloto. Já prestou atenção: falar sobre o tempo, sempre temos tempo!
Eu sou do tamanho daquilo que vejo,
E não do tamanho da minha estatura.”
Pois é...tamanho físico não é documento. Desde o tempo do Império sabemos disso. A citação em tela foi bastante explorada segunda-feira, 22, no segundo encontro da nossa oficina: O FAZER LITERÁRIO que acontece no SESC do Mercado São Sebastião todas às segundas das 19 às 21h. Ah, sim, ia esquecendo: é GRATUITA.
Na próxima semana, 29, vamos provar que só há narrativa se tiver “pé”. Matamos sua curiosidade: a narrativa TEN PÉ = Tempo, Espaço, Narrador |||| Personagem e Enredo.
Escrever é ter o que dizer e saber como dizer. Escrever exige técnicas, conhecimento do assunto, paciência, determinação e, principalmente, PAIXÃO! “Escrever é desvendar o mundo” [ Do livro Interpretação de Textos de Marco Saliba]
Cuidar das emoções
Papel, Palavra, Leitor
Testemunhar o seu tempo
Eis a função do escritor. [ Airton Soares]
E para consubstanciar esta PAIXÃO de escrever, encerramos esta coluna - que tem a pretensão de ser semanal - com um recadinho a um poeta, de Olavo Bilac

A Um Poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego

Não se mostre na fábrica o suplicio
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:

Porque a Beleza, gêmea da Verdade
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.”

PALAVRA puxa PALAVRA

Por Airton Soares

Sou câncer, o único signo que superou a medicina... se sou, nunca estarei com...sei não...tem de fazer por onde... |||| Lembro da minha mãe: - Mãe, deixa eu tomar banho no açude. - “Menino, tu só vai tomar banho no açude se não fizer por onde [no subentendido...apanhar]..E concluía: “Não vá fazer estripulia, não faça por onde apanhar.” Naquele tempo, estripulia, para os nossos pais preconceitos queria dizer danação, coisa do demo; para nós, ingênuas brincadeiras. |||| E é exatamente isto que a etimologia da palavra diz: EUTRAPELIA, [ deu estripulia] do grego = jocosidades inofensivas.

terça-feira, outubro 25, 2011

O BOM DA VIDA SÃO AS ILUSÕES DA VIDA


Por Airton Soares


Fim de semana. Ambiência familiar. Sebastião, nosso primo, mostrava orgulhoso, e em primeira mão, suas mais recentes  xilografias. Entre diversos papagaios, peixes e cavalos, esta de pronto me agradara: a estação!

Quando a vi  me veio voando distante lembrança; farras...viagens da Capital pro Interior. Férias! Festas! Fantasias! Mundo nosso. Só nosso! Vendo  a gravura mais de perto, vi o viço do reboliço de gente...o pulsar de vida em cada chegada do trem.

- Oia o milho, Vai ata...vai ata; Olha a manga coité; Eu tenho a tapioquinha de coco. Iô creme! Beiju, beiju...olha o beiju!!

Homens... mulheres de faces encarquilhadas; meninos caneludos e remelentos como diria Moreira Campos, aproveitavam os poucos instantes da paradinha da `Maria Fumaça´, para garantir a sobrevivência do dia. Quanta saudade! De todas as idades. Saudades vindas; saudades idas!

Nada disso se pensava na época. A constatação do quadro de seca, miséria e de boas lembranças só veio muito depois dessa fase paradisíaca!

Mas... por bem ou por mal a gente cresce. Novas farras, festas e fantasias vão ocupando o vazio de outrora. Terá razão Honoré de Balzac, quando diz que o bom da vida são as ilusões da vida?

sábado, junho 11, 2011

A Frase

"Falar muito sobre si próprio pode também ser um meio de se ocultar."

(Friedrich Nietzsche)

sábado, junho 04, 2011

04 Dez lições curiosas de oratória

Por Reinaldo Polito

Entre todas as lições de oratória que tive esta foi, sem dúvida, a mais curiosa. Ganhei de presente um livro excepcional, "El arte de hablar bien", de Paul C. Jagot e J.C. Noguin. O livro é uma obra comum e por si não mereceria um comentário tão entusiasmado. Trata-se de uma 2ª edição publicada na Argentina em 1943, traduzida do francês por J. G. Guiñon.

O exemplar chama a atenção por ter pertencido ao poeta Guilherme de Almeida, que assinalou com mais ou menos destaque todas as passagens que considerou importantes na obra. O poeta leu e estudou o livro.

Sublinhou palavras e frases em praticamente todas as páginas, fez marcações e anotações nas margens e em diversas passagens escreveu comentários elogiando ou criticando o conteúdo. Promoveu um verdadeiro encontro da poesia com a oratória.

Prestou-nos um belíssimo serviço, pois o livro assim anotado e comentado nos dá uma excelente oportunidade de estudar e analisar como uma das cabeças mais privilegiadas da história cultural do país aprendeu a falar bem.

Selecionei e comentei dez tópicos que o poeta assinalou com maior destaque por serem esses, provavelmente, os que julgou mais relevantes.

1- Considero uma medida de higiene mental evitar discussões sem necessidade.

Analise bem a circunstância antes de iniciar uma discussão. Verifique se é mesmo muito importante tentar convencer as outras pessoas do seu ponto de vista e de maneira consciente tome a decisão que julgar mais acertada. Vai descobrir que quase sempre o lucro será maior se ficar na sua.

2- O sentimento de inferioridade oratória tem às vezes outro inconveniente: que determina em muitos casos a irritação, quando não os arrebatamentos de cólera. Perde-se então o sangue frio e ao antagonismo normal somam-se desnecessárias animosidades.

O domínio da comunicação e a confiança nos argumentos de que dispõe faz com que a pessoa saia da posição defensiva e a torna mais equilibrada, tolerante e com controle das suas atitudes. Não pense que é fácil conquistar o controle emocional -esse deve ser um exercício permanente.

3 - Os piores defeitos físicos perdem muito do seu caráter repulsivo naqueles que falam de maneira encantadora. Por mais desagradável que seja a aparência do indivíduo, pode ser procurado, admirado, querido, se tiver uma maneira agradável de expor suas idéias, se cultivar sua voz, sua forma de articular as palavras, seu vocabulário e seu talento.

Conheci um rapaz sem nenhum predicado para ser galã -baixinho, magrinho, cabelos lisos e espetados que mais pareciam capim barba de bode, mas de conversa tão cativante que ganhou o apelido de Bico Doce. Virava e mexia lá estava o Bico Doce desfilando com uma das meninas mais cobiçadas da cidade.
Todas ficavam encantadas com ele -falava sobre todos os assuntos, sem presunção, mantinha um leve e sincero sorriso no rosto, ouvia com atenção, apresentava-se de maneira bem-humorada, construía as frases com vocabulário apropriado, gramática correta, pronunciando bem as palavras e sempre de forma natural, descontraída e interessante. Sua aparência sem atributos de beleza era compensada com vantagem pela eficiência da comunicação.

4 - O falar bem é atuar sobre si mesmo, vigiar a própria espontaneidade, obrigar-se ao cuidado da retidão, a uma atenção minuciosa, a um esforço de direcionamento das palavras empregadas na conversação.

Vigiar a própria espontaneidade não significa agir de maneira artificial, ao contrário, pressupõe o uso da naturalidade, com honestidade de princípios, no sentido de valorizar ainda mais a comunicação.

Aquele que consegue ter atitudes coerentes com o que diz conquista respeito e admiração. As pessoas poderão até discordar das suas idéias, mas jamais deixarão de respeitá-lo.

As palavras possuem significados que podem ir além do sentido que conhecemos. Devemos estar atentos e nos esforçar para empregar palavras que possam identificar o nosso pensamento e as nossas intenções da forma mais correta possível.

5 - Com um mínimo de conhecimento sobre o tema e se mantiver a calma, falará com facilidade para milhares de pessoas como se estivesse falando para meia dúzia de ouvintes.

Fale diante de uma grande platéia como se estivesse se expressando de forma animada para um grupo de amigos na sala de visitas da sua casa. Com esse comportamento sua comunicação será mais natural, você se sentirá muito mais confiante e usará de maneira eficiente todo seu conhecimento.

6 - Antes de falar, deve-se evitar os alimentos que exijam muito do organismo (álcool, açúcar e carne em excesso), a companhia de pessoas agitadas e muito falantes, as discussões inúteis, assim como fortes doses de café e de chá se elas o deixarem excitado.

Bebidas alcoólicas em doses excessivas podem comprometer a clareza do raciocínio. O uísque e a cerveja são ainda piores porque deixam a voz pastosa. Refeições muito pesadas antes de falar podem prejudicar o desempenho do orador. Quanto ao café e ao chá, se tiver o hábito de tomar essas bebidas com frequência, o seu organismo não se incomodará com uma dose a mais ou a menos.

Antes de fazer uma apresentação, fuja das pessoas chatas. Gente que fala demais, que conta histórias longas ou que discute temas banais sem necessidade atrapalha a concentração e pode deixá-lo inseguro.

7 - Adote uma atitude resoluta. Para isso, a autossugestão, praticada de forma afirmativa, contribui sempre para aquisição da segurança verbal. Ninguém está eternamente desprovido de elementos geradores de vigor psíquico.

Tenha uma atitude positiva: imagine que fará uma apresentação de sucesso, pense que os ouvintes gostarão de você e que, se esquecer de alguma informação, estará em condições de contornar o obstáculo como faz no dia-a-dia quando está conversando com os amigos. Além disso, estude e pratique muito para reforçar esse sentimento sempre de forma consistente.

8 - Ao acabar de ler o capítulo de um livro, resuma o conteúdo, o significado da mensagem da mesma maneira como se precisasse expô-lo diante de uma centena de pessoas.

O conselho dos autores atende a dois objetivos simultaneamente: aprender sobre os assuntos da leitura que fazemos, pois ao resumir o capítulo de um livro como se fôssemos apresentá-lo diante de uma platéia nos permite fixar e ter maior domínio da matéria; e imaginar que o assunto seria apresentado diante de um grupo de pessoas, especialmente se esse exercício for feito em voz alta, nos aproximará da experiência de fazer exposições em público.

9 - À noite, pouco antes de dormir, descreva minuciosamente seus feitos e atitudes do dia, construindo frases que expressem com clareza as informações de que puder se lembrar.

É mais fácil falar sobre esse exercício e sugerir que as pessoas o executem que fazê-lo. Pense bem, você pouco antes de dormir, depois de uma jornada cansativa de trabalho ou tendo cumprido qualquer outro compromisso noturno ainda ter de ficar fazendo um balanço do que ocorreu durante o dia. Haja vontade e disposição.

São essas atitudes, entretanto, que deverá tomar se quiser aperfeiçoar sua comunicação, aprender a raciocinar com clareza e a se projetar na atividade que abraçou.

10 - Na fase de aprendizado, não convém ainda se preocupar com a elegância e a beleza da comunicação. Agora só interessa adquirir segurança e clareza. Por isso, é preciso repudiar as formas presunçosas, o purismo gramatical, as palavras incomuns e todas as expressões das quais ainda não tenha entendido perfeitamente o sentido.

Eu complementaria dizendo que não só na fase de aprendizado, mas sim em todos os momentos e fases da nossa vida como oradores devemos nos afastar da fala rebuscada, dos termos incomuns e do excesso de preocupação com a forma. Não complique sua comunicação -seja simples, direto, objetivo, natural e simpático- essa é a fórmula para o sucesso.

sexta-feira, julho 23, 2010

A PALESTRA E AS GALINHAS

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Um palestrante entrou num auditório para proferir uma palestra, com surpresa, deu com o auditório vazio.

Só havia um homem, e sentado na primeira fila.

Desconcertado, o palestrante perguntou ao homem se devia ou não dar a palestra só para ele.

O homem respondeu:

- Sou um homem simples, não entendo dessas coisas. Mas se eu entrasse num galinheiro e encontrasse apenas uma galinha para alimentar, eu alimentaria essa única galinha.

O palestrante entendeu a mensagem e deu a palestra inteira, conforme havia preparado.

Quando terminou, perguntou ao homem:

- Então, gostou da palestra?

O homem respondeu:

- Como eu lhe disse, sou um homem simples, não entendo dessas coisas. Mas se eu entrasse num galinheiro e só tivesse uma galinha, eu não daria o saco de milho inteiro para ela.

Recebi sem indicação da AUTORIA

Se alguém souber a autoria, por favor, se repassar, acrescente os devidos créditos.

domingo, março 21, 2010

Saber ouvir



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"Escute para proteger seus argumentos, mas sobretudo para poder compreender o outro."
Li por Aí



Uma das mais importantes atitudes que podemos assumir é a de saber ouvir. Contudo, cerca de 75% da comunicação verbal é ignorada, mal entendida ou, simplesmente, esquecida!

Alguns apontamentos:
  • Não tentar “adivinhar” o que o outro sente – simplesmente perguntar, se for o caso;

  • Não julgar;

  • Não interromper;

  • Saber respeitar os silêncios;

  • Saber interpretar a linguagem não verbal: olhar, tom de voz, atitude global;

  • Perguntar claramente;

  • Tomar notas, principalmente em situações profissionais;

  • Promover a escuta activa, ou seja, dar efectivos sinais de que se está a ouvir;

  • Concentrar-se na conversa, escutando e olhando com genuína atenção;

  • Não falar ao telefone ou teclar no computador durante uma conversa – além da falta de educação revela igualmente falta de respeito pelo outro;

  • Interiorizar o conceito de que saber ouvir é sinónimo de respeito pelos demais.
Cristina Marques Fernandes
Créditos para o blog protocolo.com.pt

3 regrinhas de ouro para uma boa comunicação

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1.

Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe...

2.

Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você....

3.

Deixe-o falar, peça-o para falar e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor.

Fonte: Li por Aí (autoria não mencionada )


terça-feira, março 16, 2010

. Os 10 caminhos para falar bem

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POST LONGO .. em construção

Créditos para a revista Língua Portuguesa

As principais orientações para quem quer melhorar o desempenho de uma apresentação em público

Osório Antonio Cândido da Silva

Ao planejar o que vai dizer, leve em consideração uma lista mental de questões a que sua fala deve responder; as lacunas que cada afirmação pode provocar à medida que enunciada; o tipo de predisposição do auditório às ideias que você defenderá (conceitos partilhados, preconceitos, visão de mundo); as condições e o contexto em que a comunicação ocorrerá.

Saber a idade do grupo, suas convicções políticas, religião, ocupação e algo mais é de vital importância. As pessoas estarão apoiando sua fala ou se posicionarão contra? Será uma plateia mista? Esteja preparado para valorizar a oposição.

A primeira real pergunta a ser respondida quando se prepara uma apresentação, portanto, é se o seu público é favorável a suas ideias. Será ele hostil? Terá ponto de vista oposto?
Explorar fatores como esse é bom ponto de partida para um orador iniciante.
Para os experientes, é um adicional valioso. A persuasão assume formas variadas e conseguir que as pessoas concordem com sua forma de pensar é uma proeza.

Com a plateia a favor
Antes de tudo, considere se sua plateia vê com bons olhos aquilo que você apresenta.
1) Se seu público concorda com seu ponto de vista, concentre-se nele, eliminando, assim, pontos de vista opostos. Vejamos um caso atual muito polêmico: se você batalha pela descriminalização da maconha e pensa que é uma boa causa porque ela poderia ser taxada ou usada em tratamentos médicos, ou não tem efeito suficientemente nocivo para merecer a ilegalidade, isso será, provavelmente, tudo o que você deve dizer.

Se a plateia for previamente favorável à ideia, estará predisposta a ficar a seu favor. O grupo tenderá a comprar não só a ideia principal como outras que façam parte do discurso. Prestará atenção a detalhes e será capaz de lembrar os pontos importantes, porque tudo confirmou suas noções anteriores.

Encare a oposição
Essa é uma boa razão para você lapidar seu discurso e personalizá-lo para uma audiência específica. Faça um esforço adicional e gaste algum tempo para realizar isso.
O ponto chave aqui é: faça sua audiência concordar com a sua apresentação e, se não o conseguir totalmente, seja capaz de vencer resistências da plateia. Numa análise final, talvez você tenha de fazer uma abordagem sob outro ângulo, mais geral. Este será o maior desafio oratório: convencer os que se opõem ao seu ponto de vista.
2) Quando uma audiência se posiciona contrariamente ao ponto de vista do orador, ele deve endereçar sua fala aos argumentos
da oposição.
Se você se preocupar só em defender seus pontos de vista, ignorando os da oposição, tenderá a ver sua audiência desligar-se de sua fala, talvez até considerá-lo um orador sem credibilidade.

Primeiro, porque não o sentirão intelectualmente honesto. Você não está considerando o momento com todas as suas devidas nuanças, os argumentos deles não foram valorizados. Basicamente, você não os levou a sério. Então, o que é preciso fazer e como?

Mecânica oratória
Você deve apresentar seu argumento, destacando seus pontos fortes. A seguir, aponte os argumentos primários dos opositores e, então, vá destruindo um por um. Lance dúvidas e o descrédito sobre eles. Desse modo, você estará dando atenção à oposição e oferecendo algo novo sobre o que pensar.

Todos verão os pontos fracos de suas posições e estarão considerando as informações novas que suportam suas ideias. Você terá plantado a semente da dúvida e atraído muita gente para o seu modo de pensar.

Você pode ser um palestrante excepcional, com voz agradável, boa linguagem corporal, gestos sob medida, ter um material de pesquisa excelente para apoiar seu discurso, um início magistral, uma finalização empolgante, bom humor e uma graça cativante. Mas se desconsiderar os pontos de valor de seus opositores, sua fala pode ser um fiasco.

Plantar a dúvida
Se o orador percebe que a oposição pode ter vários pontos fortes, deve mencionar alguns, não só para mostrar bom senso, mas plantar a dúvida e minar os fundamentos da oposição. Isso vai permitir que pareça educado, justo e equilibrado aos olhos da plateia. Assim, pode-se dizer que o ponto focal para persuadir é fazer as pessoas se sentirem felizes depois de decidirem ver ou fazer o que você sugere, depois de terem concordado com você. E mais, sem ficarem com o sentimento de que "perderam a parada".

Osório Antonio Cândido da Silva é professor especialista em Técnicas de Comunicação e Expressão Verbal há trinta anos e mestrando em Ciências da Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero.
osorioacs@gmail.com

O que falam os especialistas

Falar bem pode ser um tormento, mas o aquecimento da economia parece ter intensificado a necessidade de interação pública. Há, hoje, mais defesas de posição em reuniões de negócio, mais decisões afetadas por discursos na mídia, além de alunos e professores se expondo - em todos os casos, a certeza de que uma má exibição não só irrita a plateia como turva o que se fala.

Por isso, diz Osório Antonio Cândido da Silva, que desde 1980 ministrou cursos a 5 mil alunos, o ensino oratório quer ser total: azeita discurso e presença, o uso de voz e corpo. Para Reinaldo Polito, outro expoente no mercado de soluções em oratória, a maioria "morre de medo" de falar em público.

- São profissionais que já conseguiram posições de destaque, mas ficam humilhados por não conseguirem construir frases inteiras - afirma Polito.

Cursos, então, acabam por acalmar o orador. Reinaldo Passadori, do Instituto Passadori de Educação Corporativa, há 20 anos lida com executivos que "vendem" ideias e são entrevistados. Eles têm de persuadir e influenciar, diz.

Os cursos se segmentaram. Há opção para políticos, mulheres, sindicalistas e jovens. Em cada módulo customizado há as mesmas ideias de desinibição e raciocínios ajustados ao ouvinte. Para construir discursos é preciso saber com quem se lida, diz Osório, convidado da edição para indicar as dez orientações destas páginas. (Colaboraram: Agência Repórter Social e Jezebel Salém).


1. Perder o medo

A. Conheça sua plateia - Reúna o maior volume possível de informação sobre o seu público. Vai falar a especialistas? São neófitos no tema? Influenciam decisões? Prepare-se para falar um pouco a cada um: nem acima nem abaixo da expectativa.

B. Conheça seu assunto - Faça apresentação atualizada. Não corra o risco de o público conhecer o tema mais do que você.

C. Esteja preparado - Não cometa o erro maior (aliás, amador) de não estar preparado.

D. Encare seus ouvintes - Procure o contato visual com a plateia. Ao primeiro aceno positivo que receber, sua autoconfiança aumentará. Considere que as pessoas que se dispuseram a ouvi-lo estão ali para ver o seu sucesso e aprender com você.

E. Fale com entusiasmo - Não imite ninguém. Mas fale de modo entusiasmado, com emoção.

F. O momento mágico - Ofereça ao seu público algo que o surpreenda: o encanto do inesperado.

G. Deixe uma mensagem - Encerre seu discurso com uma mensagem memorável. Procure transformar sua fala em possibilidade de ação.


2. O tom natural da fala

Nem a melhor das técnicas supera a sua naturalidade. Nunca imite quem quer que seja ao falar.

- Não fale rápido demais. Se sua dicção não for boa, ninguém irá entender o que você diz.
- Não fale lentamente e com longas pausas. O tédio pode prevalecer.
- Não fale alto demais. Você se cansará e irritará o ouvinte.
- Não fale baixo demais. As pessoas farão esforço para ouvi-lo e, não conseguindo, dispersarão.
- Procure não cair na monotonia da fala linear, sem ênfase, nem na veemência exagerada.
- Se for virar-se para a tela, fale um pouco mais alto enquanto estiver de costas para o auditório.
- Crie um ambiente agradável de comunicação, alternando a altura e a velocidade da fala.
- Dedique atenção à voz. Trabalhada, transmite segurança e carisma.
- Não imite o sotaque da região em que estiver se apresentando. Nem satirize o de outras regiões. Você não sabe quem estará na plateia.


3. Antes de entrar no assunto

- Só comece a falar quando estiver na frente de todos e sentir que a atenção da plateia está em você.
- Deixe seu nome completo bem visível.
- Desde o início, procure envolver seus ouvintes quanto à utilidade do tema.
- Mostre seus objetivos, dando visão geral do programa.
- Se o auditório for pequeno, faça perguntas e sinta a experiência que o grupo já tem do assunto.
- Se ninguém o fez ao apresentá-lo, declare sua experiência no assunto de que vai tratar.
- Prepare-se para não ultrapassar o tempo definido.
- Jamais declare que não teve tempo de preparar-se.
- Quando sua apresentação fizer parte de algum programa, não ultrapasse o seu tempo; mas, se ocorrer, não deixe de dar explicações ao grupo.


4. O vocabulário adequado

- Muito cuidado com a gramática. Erros atrapalham a apresentação e podem arrasar sua imagem. Dedique cuidado especial à concordância e à conjugação de verbos.
- Desenvolva um vocabulário simples, objetivo e suficiente para representar suas ideias.
- Não dependa de vocabulário pobre. Restrinja as gírias e elimine palavrões.
- Evite termos de sua profissão (ou de sua região) em locais não familiarizados com eles.
- Pronuncie bem as palavras. Não corte s e r finais, nem i intermediários.
- Evite o uso de cacoetes no meio do raciocínio, como "tá ok?", "é assim", "né", "bem", "então", "certo?", "é o seguinte".
- Evite, também, repetir certos termos ou frases ("basicamente", "quer dizer", "efetivamente").
- Não abuse das palavras estrangeiras.
- Evite as expressões "todos compreenderam?", "conseguiram entender?", "alguma dúvida?".
- Prefira algo como "acham que devo repetir?" ou "posso explicar melhor ou não é o caso?"


5. Controle emocional

A. Defina os termos de sua fala. Isso garante que você e seu público estão tratando da mesma coisa.

B. Nunca se diminua diante de seu auditório. Nem se traia: não diga ou dê a entender que se preparou mal, os slides estão desatualizados ou coisa do gênero. A plateia poderá deduzir que não mereceu respeito e empenho de sua parte.

C. Cuidado para não se repetir em demasia.

D. É aceitável consultar anotações em algum momento de "branco". Mas não faça disso um hábito.

E. Nunca chame a atenção para o fato de você estar nervoso.

F. Ao fim, nunca diga que se esqueceu de um tópico. Indica que você não se preparou como devido. Na hora das perguntas, inclua aí o tópico esquecido, mesmo que a relação entre eles seja só ligeira.

G. Em nenhuma hipótese deixe escapar que acha seu tema uma chatice.

H. Um lance pitoresco ou humorado aproxima as pessoas. Se surgir oportunidade, sirva-se disso.

I. Cuidado com piadas que ridicularizam alguém. Podem criar ressentimentos ou constranger.

J. Não peça desculpas por problema físico eventual (gripe, tosse, dor de cabeça).


6. A linguagem do corpo

- Os movimentos corporais e as expressões faciais são recursos que favorecem o entendimento.
- Não fique andando pelo palco enquanto fala, parecendo fera na jaula.
- Não fique parado no canto. Movimente-se; aproxime-se da plateia ao falar intimamente sobre um tópico.
- Procure não pôr as mãos nos bolsos, nas costas ou juntas à frente, em "folha de parreira".
- Gesticule com moderação, coerente com o que é dito em seu discurso. Excesso é prejudicial, mais que a falta.
- Segurar algo (caneta, apontador, papel) serve de "muleta", mas não mantenha as mãos cheias de coisas que não está usando no momento.
- Distribua o peso do corpo entre as pernas; apoiar-se alternadamente numa e noutra torna a postura deselegante; não abra as pernas em demasia, mas o suficiente para manter o equilíbrio.
- Não fique com os ombros caídos. Passa imagem de excesso de humildade ou negligência.
- Procure vestir-se de modo adequado ao auditório e à situação. Escolha uma cor de roupa que reduza a evidência de suor.


7. A direção do rosto

- Não olhe demais para um ouvinte ou grupo de ouvintes. Olhe o grupo, se possível nos olhos.
- Detenha-se mais no contato visual com quem ocupa cargo superior ou irá decidir um negócio.
- Não fique olhando o chão, o teto ou para fora da sala.
- Controle o tempo de sua apresentação, mas não fique olhando repetidamente para o relógio.
- Não aparente arrogância, empinando o queixo e olhando o público "por cima".
- Estabeleça coerência entre seu semblante e o que está sendo dito. Coisas alegres, fisionomia sorridente; coisas tristes, cara fechada.
- Se inevitável ler um discurso, olhe com frequência para a plateia e tenha certeza de que ela está atenta.
- Não abuse da mímica facial nos momentos de humor.


8. O cuidado material

- Se usar software para slides, evite o excesso de sons: desviam a atenção.
- Não resuma a ideia lotando um slide com informação. Distribua-a em vários.
- Revise os slides para eliminar erros (gramática, números, grafia, ordem).
- Não se limite a ler o que está projetado na tela.
- Evite o projetor ligado o tempo todo. Há horas em que não é preciso.
- Jamais chegue com transparências desordenadas. Sinaliza desorganização quem procura "a próxima" numa pilha. Não as mostre velhas ou manchadas.
- Se usa apontador retrátil, não fique naquele abre-fecha interminável, agitando-o. Se for apontador a laser, não movimente o ponto luminoso na tela além do necessário. Nem o dirija à plateia.
- Ao montar o slide, use o fundo que melhor contraste com letras e figuras; faça cópia com fundo branco para ser usada em salas com muita claridade.
- Não se desvie do tema que está projetado.
- Ao apontar o slide em direção à tela, não entre na frente da projeção nem dê as costas ao auditório.


9. O microfone

- Fale, com sua voz habitual, à distância de uns 15 centímetros entre boca e microfone.
- Não dê tapinhas no microfone. Isso irrita o ouvinte e só indica que o aparelho está ligado.
- Ao testar o microfone, diga algo como: "Bom dia, posso ser ouvido com clareza?". Alguns da plateia sempre tentam ajudar.
- Olhe o público e não o microfone, que é um instrumento auxiliar, nunca um obstáculo.
- Considere a possibilidade de o sistema de som assumir comportamento enlouquecido: chiados, guinchos, apitos, distorção da voz, enfim, tudo o que distraia a atenção da audiência. Se é o caso, continue a fala até que alguém conserte o equipamento.
- Se não for possível voltar a usar o microfone, solte mais a voz, mas não berre com a plateia.
- Sem recurso do som e sem ser ouvido pela maioria, melhor parar de falar. Brigar com equipamento ruim é desperdiçar seu tempo. E o dos ouvintes.


10. O encerramento

A. Não fale demais. Diga o que tem a dizer e, em seguida, pare. Antes, porém, dê ao público algo que o faça pensar e encerre sua apresentação com uma mensagem consistente.

B. A última coisa que disser deverá ser a mais lembrada. Pode ser um desafio, uma sugestão de ação ou a solução de um problema. Induza seu público a fazer algo.
C. Se o tema permitir, faça um encerramento bem-humorado: se bem feito, permitirá uma impressão positiva ao final e a sala não ganha aquele silêncio sepulcral enquanto você se senta.

D. Se o tema não é adequado ao encerramento bem-humorado, prepare uma história que mexa com a sensibilidade da plateia ou mostre algum tipo de pensamento ou provérbio que faça o auditório refletir.

E. Na hora das perguntas, nunca inicie uma resposta com: "Isso já falei...", "A resposta é óbvia...", "Imaginei que estivesse claro..." . Nem corte sua fala para atender a outra pergunta.

F. Elogie uma boa pergunta. Ao responder, não olhe só para quem perguntou.
G. Tente captar a intenção e o conteúdo do que lhe é perguntado. Fique atento a termos ou frases que serão a chave da pergunta. A ênfase em certa palavra dá o sentido da indagação.

H. Repita a pergunta para todos escutarem. Ajuda você a ter certeza de que a entendeu.

I. Nunca deixe alguém fazer um discurso a pretexto de elaborar uma pergunta dirigida a você. Se o indagador se estender, interrompa-o, gentil e firmemente, e pergunte qual é a dúvida.

J. Uma pergunta que tem várias partes deve ser dividida e cada parte respondida em separado. Terá mais clareza e melhor aceitação.


O tropeço no idioma

Como os profissionais da oratória lidam com erros de português dos alunos de retórica

Os profissionais da oratória dizem que o uso inadequado da variante da língua à situação e ao contexto da comunicação pode arruinar uma apresentação. Reinaldo Polito, por exemplo, acredita que não adianta ensinar gramática num curso de expressão verbal, mas ele não deixa de corrigir os erros.

- Quando o aluno erra numa apresentação em vídeo, colo um lembrete autocolante em sua ficha. Lacunas de vocabulário são culpadas pelo "ãããã..." e outros vícios - comenta.

O jargão especializado inadequado à plateia, deslizes no uso de palavras difíceis, construções que o palestrante não domina e o excesso de estrangeirismos são problemas que Polito tenta eliminar em seus alunos. Já Reinaldo Passadori admite que os alunos precisam ser alertados, pois não parecem preocupados com a correção do que falam.

- Erros nunca são recomendáveis e só são toleráveis se fizerem parte do contexto pessoal do orador. O ideal é falar de forma simples, para que as pessoas entendam.
Detalhe em voga é o planejamento. A necessidade de planejar e preparar a fala deve nortear não só o conteúdo do discurso, mas a linguagem usada.

- É preciso corporificar a mensagem por meio da gramática, do vocabulário e das metáforas - afirma Passadori. (Agência Repórter Social)

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21 PAULO RONALTH - Deixa

Paulo Ronalth DEIXA deixa ir quem já foi sem drama sem dó sem depois gente é tipo estação passa fica um pouco e passa mais não é sobre perde...