sexta-feira, dezembro 30, 2011

Faltou assunto? Se avexe, não!

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Por Airton Soares

Tem que escrever e faltou assunto? Se avexe, não! Não entre em pânico, recorra aos provérbios e ditos populares. Um Santo remédio. Carece prova? Então leia o que se segue:
Você, meu amigo, não erra ao dizer que a tampa é que sabe o calor da panela, mas escute aqui: só as panelas adivinham o ponto de fervura das sopas. Acabemos de vez com essa discussão boba. Todos nós somos importantes, aqui e algures. Eu preciso de você e você precisa de mim e... `pt´ saudações! Ah, sim, ia esquecendo: uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto.

Bastaram três provérbios, apenas três, e cá estou com o post prontinho da silva. E de lambuja, estilisticamente, ainda me vali de um bordão e de uma gíria. Viva a paremiologia! Viva a linguagem popular! Viva!

NEM O DIABO ASSOPRA!

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QUANDO A ESTOPA E O QUEROSENE ESTÃO JUNTOS...NEM O DIABO ASSOPRA! li por aí

O CIGARRO NÃO ACALMA... ACAMA!

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..@...n®t®.......
Agora posso compreender
a dor que corta o coração,
ver nossa mãe gemendo
faltando ar... sem pulmão,
tendo por causa o cigarro
sempre grudado na mão. [ AS] 

Minha mãe faleceu no dia 22 de março de 2011, vítima de câncer no pulmão.

quarta-feira, dezembro 28, 2011

C o r r e i o !




Por Airton Soares

Largava-se tudo e corríamos desembestados em direção à porta. Não havia caixa de correio. O carteiro, cúmplice do nosso êxtase, sentia dificuldades em disfarçar sua vontade de intromissão nos segredos envelopados.

Segundo ato, este mais consciente e estratégico, correr para o quarto, banheiro ou para outra dependência da casa que não estivesse minada e, salvo e sôfrego, posicionar o envelope em direção à luz para a indispensável tomografia.Após o resultado do exame, podíamos abrir com certa segurança o envelope pelas beiradinhas ainda com receio de rasgar o conteúdo.

A atmosfera proibitiva era peça fundamental nesse ritual. E hoje, como é que é? O ritual continua. E a mesma atmosfera. Apenas com matiz cibernética, virtual... Tem mensagem nova em sua caixa de correio...

A BANHISTA

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Por Airton Soares

Ela, que tanto aprecia a multidão, desta feita resolveu ensimesmar-se e curtir o mar sem a presença de inquietações e rumores humanos.

"O mar, mesmo agitado, é um grande mestre." Seria esse um dos seus pensamentos? Só Deus sabe! Ou estaria absorta olhando as nuvens e contando carneirinhos? Ah, já sei. A bonita jovem declama mudamente uma poesia de Cecília Meireles: "O choro vem perto dos olhos/ para que a dor transborde e caia / O choro vem quase chorando /como a onda que toca na praia..."

Ela cruza os braços. Não me parece estar com frio... uma moça só e sozinha. Tão bonita e tão boa. Quem será? Uma banhista que nem desconfia que é o centro das atenções e desejos incontidos de um poeta que, sem assunto, acessa no final de tarde, de um fim de domingo, um site de um jornal.

IPU, TERRA DE IRACEMA - Letra e Música de Grace Ribeiro

 25 04-13 Ipu, Terra de Iracema  Quando meus olhos viram  Pela primeira vez  A mais linda cascata  Brilhava ao sol sua altivez  No som do ve...